A recente vitória da selecção angolana de andebol não foi apenas um espectáculo desportivo; foi um exemplo vivo do que somos capazes de alcançar quando trabalhamos em conjunto, planeamos bem e perseveramos diante das adversidades.
Mais do que um troféu, este triunfo oferece ensinamentos valiosos que ecoam na realidade do dia-a-dia de Angola, desde os campos desportivos até aos bairros e comunidades por todo o País.
Dentro do campo, a selecção demonstrou que, quando cada jogadora compreende o seu papel e confia na outra, o colectivo torna-se imbatível. Essa mesma lógica aplica-se ao desenvolvimento do País. Imagine uma escola a ser construída num bairro: se o pedreiro, o engenheiro, a comunidade local e as autoridades colaborarem, o projecto avança rapidamente e beneficia todos.
A selecção de andebol recordanos que o esforço colectivo é essencial para Angola superar os seus desafios. A vitória da selecção não aconteceu por acaso. Foi fruto de meses de treino intensivo, análise detalhada dos adversários e estratégias bem delineadas pela equipa técnica.
Este exemplo reflecte a importância de planear bem em todas as áreas da vida nacional, desde a gestão de recursos naturais até à criação de oportunidades de emprego. Angola, tal como a nossa selecção, precisa de visão e organização para alcançar vitórias sustentáveis.
A selecção enfrentou adversários experientes e momentos de grande pressão, mas demonstrou resiliência e determinação. Esse espírito é reflectido no diaa-dia dos angolanos. Pensemos nas nossas zungueiras, que, mesmo sob o calor e as adversidades, continuam a trabalhar para sustentar as suas famílias.
A resiliência que levou as nossas atletas ao topo é a mesma que move Angola para superar os seus desafios sociais e económicos. Esta vitória é o resultado de um investimento consistente nas categorias de base e na identificação de talentos. Programas em escolas, clubes e federações devem privilegiar o desenvolvimento do andebol em Angola.
Tal como um agricultor que planta hoje para colher amanhã, o País precisa de continuar a investir na juventude, na educação e nas infra-estruturas desportivas. Estas jovens não são apenas atletas; são embaixadoras de um futuro mais brilhante.
Quando a selecção entrou em campo, não houve divisões. Todos torcemos pelo mesmo objectivo, independentemente da origem ou da ideologia. Esta união deve ser um exemplo para o País: precisamos de colocar as nossas diferenças de lado e trabalhar juntos por um Angola mais justa e igualitária.
Assim como a selecção funcionou em sintonia, Angola só avançará se os seus cidadãos, governo e sociedade civil caminharem na mesma direcção. Esta vitória é um marco, mas deve ser vista como o início de um caminho de conquistas.
Para que o desporto continue a crescer, é necessário mais investimento em infra-estruturas, formação técnica e programas desportivos comunitários. A sociedade civil também tem um papel crucial, incentivando a prática desportiva e apoiando a juventude em iniciativas que promovam a inclusão e o bemestar.
A vitória da selecção não é apenas delas, mas de cada jovem angolano que sonha com um futuro melhor. É um convite a abraçar a disciplina, o trabalho árduo e a resiliência.
Seja no desporto, na educação ou no empreendedorismo, Angola precisa de jovens que acreditem no seu potencial e trabalhem para construir um país mais próspero.
A vitória da selecção de andebol não é apenas motivo de celebração, mas também de reflexão. Ela mostra-nos que, com trabalho em equipa, planeamento e resiliência, Angola pode alcançar qualquer objectivo, seja dentro das quadras ou fora delas.
Que este triunfo inspire cada angolano a lutar pelos seus sonhos e a contribuir para um futuro melhor. Hoje, a nossa selecção ergueu o troféu, mas amanhã pode ser cada um de nós, a nossa família ou a nossa comunidade a celebrar uma grande conquista. O futuro de Angola joga-se todos os dias — e venceremos, juntos.
Por: Edgar Leandro