Os dados foram apresentados ontem, na cidade do Lubango, pelo Comandante, durante o encontro com os actores sociais desta parcela do território nacional, que serviu para analisar a situação de segurança rodoviária na província.
De acordo com Divaldo Martins, apesar de os números serem preocupantes, em função das vítimas humanas, houve uma redução de acidentes se comparados com os dados do mesmo período do ano passado.
Nesta conformidade, o oficial superior da Polícia Nacional na Huíla revelou que, de Janeiro a Outubro do ano em curso, registou-se um total de 1.035 acidentes de viação, tendo causado a morte de mais de uma centena de cidadãos e deixado mais de mil feridos.
“Este número representa, em comparação com o ano passado, uma diminuição de 137 acidentes (13% em relação ao período homólogo). Em termos de consequências, tivemos 193 pessoas que morreram e 1.139 ficaram feridas. Tivemos também uma diminuição de feridos, menos 221.
Infeliz- mente, não podemos dizer o mesmo com o número de mortes, pois tivemos um aumento de 33 casos, na ordem dos 17%. Por fim, tivemos uma redução de 19% do número de feridos”, disse.
As estatísticas mostram que os municípios de Kuvango, Cacula e Chibia são os que mais registaram acidentes de viação a nível da província da Huíla, nos últimos 10 meses, com 19, 59 e 27 casos cada.
A par disso, o responsável do interior na província da Huíla informou que os municípios de Caconda, Humpata e Lubango, são os que menos casos de acidente de viação registaram durante o período em análise.
Caconda teve uma diminuição de 100% dos acidentes; Humpata de 58% e o município do Lubango teve menos 140 acidentes em relação ao ano passado.
Atropelamentos constituem a maior causa de mortes
O Comandante Divaldo Martins disse ainda que os acidentes de viação são causados por vá- rias razões, desde as colisões entre veículos automóveis e motociclos, como também com viaturas ligeiras e pesadas; despistes e mau estado técnico das viaturas.
Entre estas razões, o que mais preocupa e carece da intervenção urgente das autoridades policiais são os atropelamentos, causados pelo excesso de velocidade, mau estado técnico das viaturas e inobservância das normas contidas no Código de Estrada.
“De acordo com a nossa estatística, as colisões representam 42%, ou seja, quase metade dos acidentes que ocorrem na província da Huíla, são colisões entre veículos, depois temos os atropelamentos que representam 25%. Apesar de ser em um número menor, os atropelamentos causam uma grande preocupação, porque normalmente os atropelamentos são mortais.
Por fim, o despiste, que muitas vezes coloca o acidente mediático, representa 23%”, afirmou. Por essa razão, Divaldo Martins defende a necessidade da conjugação de esforços de todos os actores sociais, desde a família, escolas, igrejas e associações sociais, na alteração do quadro que assombra as famílias huilanas, os acidentes de viação.
POR:João Katombela, na Huíla