O responsável falava durante o encerramento do FAMO, aberto a 1 de Novembro último, na cidade do Huambo, com o objectivo de contribuir na moralização da sociedade, com a exibição de peças teatrais com apelo ao resgate dos valores morais, cívicos, éticos e culturais.
Nhanga disse ser possível promover o desenvolvimento sustentável com as artes cénicas e, consequentemente, transformar a condição social e económica da classe.
Destacou que os artistas devem ser resilientes e comprometidos com a responsabilidade social, para a promoção do desenvolvimento, por via da valorização da cultura e do respeito pelos hábitos e costumes.
Participações
O evento contou com a participação do género monólogo, contou com a participação das províncias do Bengo, Benguela, Bié, Cuando Cubango, Cuanza-Sul, Huambo, Huíla, Luanda, Uíge e Zaire.
Nesta edição, 16 grupos teatrais de várias províncias participaram do festival, a província do Bengo foi representada pelos grupos Semente D’Artes, com a peça “Na paragem do destino”, e o Colectivo de Artes Novos Horizontes, com “Maluco saudável”.
O Bié, com o colectivo Yopo Artes, apresentando “Amor em tempo de cólera”. Benguela, dois grupos: o Everest Teatro, com “Um erro, uma vida”, e o Colectivo de Artes 5 de Junho da Catumbela, que encenará “No céu não entra cães”.
Cuanza-Sul, pelo grupo Filhos das Artes, com a peça “Sexo não é traição”. Cuando Cubango, com dois grupos: Estrelas em Palco, com “O amor não mata”, e Liteatro, que apresentará “Despertares e despedidas”.
A província da Huíla terá o Colectivo de Artes Padu, que interpretará “Flores”. Luanda pelo Agu Água, com “Num xtragou”, e pelo Projecto Bamar, que apresentará “Somente a morte me calará”.
O Uíge levou a Academia Proteza Teatro, com a peça “Questionando Deus”, enquanto o Zaire participará com o grupo Cefop Artes. No total, foram exibidas 16 peças teatrais no festival decorrido no auditório do Centro Cultural “Manuel Rui Monteiro”, com teores cívicos, ético-sociais, identidade cultural do povo angolano, vivências sobre a tradição, hábitos e costumes, o contexto actual social e económico, as estratégias de combate à pobreza e as formas de prevenção ao suicídio.
O FAMO incluiu também a efectivação das oficinas de teatro, vários programas de solidariedade com a população penal e visitas em zonas de relevância turística da província do Huambo.
O festival, promovido pela Nevalflor Produções e realizado pelo projecto SOS Teatro, teve como lema “Com o teatro no coração, levaremos a solidariedade e o amor ao próximo”.