Precisamos de homens fortes para impulsionar a agricultura, que está em crise. Não podemos continuar com a agricultura de subsistência, é preciso avançar para a agricultura comercial,” destacou. Segundo Mitó da Silva, Angola possui vastas áreas de terras aráveis, mas apenas 20% são utilizadas para produção agrícola.
Enfatizou que a agricultura não se limita à produção de alimentos básicos como tomate ou cebola, mas também abrange pecuária, pequenas indústrias para fabricação de produtos como leite, iogurte e manteiga, além de outras actividades que podem fortalecer a economia nacional.
“Não podemos pensar apenas na agricultura para consumo interno. Devemos também produzir para exportar, aproveitando ao máximo os recursos que temos,” afirmou, destacando ainda os esforços do governo cessante na promoção da cafeicultura. Silva acredita que, em breve, Angola estará novamente em posição de exportar café em grande escala.
Para o presidente da Cintura Verde, a agricultura é essencial para o desenvolvimento do país. “Um país sem agricultura não pode se desenvolver. É um sector estratégico que gera empregos, mesmo para trabalhadores não qualificados, e tem o potencial de transformar nossa economia,” acrescentou.
Mitó da Silva também mencionou a necessidade de desminar terras e aproveitar áreas baldias para expandir a produção agrícola. Reiterou que Angola está pronta para receber investimentos no sector. “Temos terras disponíveis e estamos dispostos a cooperar.
Quem quiser investir em agricultura será bem-vindo.” Silva reforçou que a paz conquistada em Angola deve ser uma oportunidade para o crescimento agrícola e não apenas para reconstrução pós-guerra. “Estamos de pé, prontos para trabalhar e mostrar que somos capazes. A agricultura é a base para o desenvolvimento de qualquer país.”