Ao intervir na abertura do evento, a administradora executiva da Sonangol, Olga Sabalo, destacou o papel central da petrolífera estatal na promoção de projectos educacionais, reafirmando o compromisso da empresa com a formação de jovens quadros e com a igualdade de género.
“Hoje celebramos a atribuição de 200 vagas de estágio para mulheres, um marco que reflecte o nosso desejo de ver mais mulheres qualificadas e activas no sector do petróleo e gás”, disse.
Ademais, ressaltou as iniciativas como a Rede de Mulheres da Sonangol – Uquembo, criada para promover a meritocracia e fortalecer a representatividade feminina.
A executiva referiu-se, também, aos esforços tendentes a alinhar a estratégia corporativa da Sonangol aos princípios de ESG (Ambiente, Sustentabilidade e Governança), sublinhando a criação de redes como a MUHATO Energia Angola, dedicada a mulheres do sector.
“Investir no talento feminino é investir no progresso da nossa nação”, concluiu. INEFOP destaca impacto dos estágios no mercado de trabalho Por sua vez, Manuel Mbangui, director-geral do INEFOP reforçou o papel do instituto na inserção dos jovens no mercado de trabalho, tendo enfatizado a importância de competências como ética, valores e “soft skills” para atender às exigências das empresas.
“O mercado de trabalho procura mais do que apenas conhecimento técnico; ele valoriza atitudes e ética. Precisamos preparar os jovens para enfrentar os desafios como a pressão e o cumprimento de prazos”, afirmou.
Manuel Mbangui destacou ainda os esforços do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social que pretende atingir aos 126.000 estágios até 2027, com foco na transformação de potenciais em resultados concretos.
Ubuntu: Um movimento transformador liderado pela ASSEA Já Berta Rodrigues Issa, presidente da ASSEA, abriu o seu discurso com uma mensagem inspiradora às jovens participantes. “Vocês não são apenas números; são líderes, engenheiras e agentes da mudança”, disse.
A responsável destacou o impacto transformador do programa ASSEA Ubuntu, que alia o apoio do INEFOP e a parceria de 15 empresas para oferecer estágios remunerados a estudantes com médias superiores a 14 valores. Berta Issa fez uma crítica construtiva às barreiras legais que limitam a participação feminina no sector, como o Decreto Presidencial n.º 29/17, e apelou à sua revisão.
“Precisamos de uma legislação que promova e não limite as oportunidades para mulheres no sector petrolífero”, afirmou.
O evento destacou a importância da colaboração entre o sector público e privado para criar um sector petrolífero mais inclusivo e inovador. Iniciativas como a campanha Action for 20%, que visa atribuir pelo menos 20% dos contratos do segmento petrolífero a empresas nacionais, foram elogiadas como um passo essencial para o desenvolvimento sustentável do país.
No encerramento, ficou evidente que a segunda edição do programa ASSEA Ubuntu não é apenas uma oportunidade para jovens talentos, mas um movimento para moldar um sector petrolífero que represente verdadeiramente o potencial angolano.
“Sonhamos juntos, trabalhamos juntos e acreditamos no poder do Ubuntu”, declarou Berta Issa, sintetizando o espírito de união e transformação que permeou o evento.