Na província da Huíla, o Fundo de Garantias de Crédito (FGC) emitiu, a título de cobertura de risco, cerca de 43 mil milhões de Kwanzas em projectos financiados pela banca comercial.
No entanto, isto permitiu a criação de mais empregos no sector agrícola, pecuária, pescas, assim como no sector da indústria transformadora nas altas terras da Chela, de acordo com o FGC.
De acordo com a carteira de projectos, a agricultura foi a área mais beneficiada, alias ficou com 43 por cento das garantias prestadas, incidindo na produção de batata rena em grande escala, hortícolas, citrinos, produção de arroz, milho melhorado e feijão.
Outro sector que também se beneficiou foi o da indústria transformadora, pecuária e pescas. Deste modo, o parque industrial da província está fabricar móveis de madeira e artigos de plástico, sendo uma realidade a sua comercialização em todo o território nacional.
Com o financiamento da banca comercial, a o FGC concedeu garantia pública a 87 projetos, ao passo que, no âmbito de programa piloto com as sociedades de microcrédito, 600 empreendedores beneficiaram da cobertura do risco do FGC. Por sua vez, o director do Gabinete de Comunicação e Marketing do Fundo de Garantia de Crédito (FGC), António Cambala, disse que vão continuar a trabalhar com as sociedades de crédito para apoiarem pequenos negócios.
António Cambla frisou que, a partir do próximo ano, está em curso uma linha de financiamento para apoiar a tesouraria de empresas.
“Nós temos agora um projecto piloto que é de apoio a tesouraria, sobretudo para aquelas empresas que estão a começar a sua actividade e que precisem de um fundo de maneio. Por isso, vamos trabalhar com as sociedades de crédito para que possamos ajudar o nosso empresariado”, adiantou o responsável.
António Cambala disse que os empresários, ao solicitarem um financiamento, podem contar com o Fundo de Garantia de Crédito, uma vez que há condições de se garantir apoio financeiro de pequenos e grandes projectos.
O director do FGC, António Cambala sublinhou que o mais importante é trabalhar para que a classe empresarial seja mais forte na diversificação da produção nacional.
O responsável da empresa MOSART, cujo objecto é a produção de móveis em madeira, Da Costa e Silva, assegurou a O PAÍS recebeu de um Banco comercial cerca de mil milhão de Kwanzas. Aliás, de acordo com o empresário, isto permitiu aumentar os níveis de produção, pois conta com novos equipamentos na ordem de 75 por cento ao contrário dos 40 por cento anterior.
“A nossa empresa faz carpintaria e mobiliário. Abastecemos quase todo o país. Recebemos de um Banco cerca de mil milhão de Kwanzas em 2020, dos quais 75 por cento teve a garantia do Fundo, isso permitiu que fossem adquiridos equipamentos”.
Por sua vez, Ana Maria, responsável da fábrica MARPLASTICOS, Ana Maria, disse que, com a assistência do Fundo de Garantias de Crédito, a sua empresa foi financiada com um crédito bancário na ordem dos 750 milhões de Kwanzas, dos quais 75 por cento teve a garantia do FGC.
De acordo com a nossa interlocutora, o financiamento recebido permitiu a ampliação da fábrica com a aquisição de novas máquinas que já se encontram em fase de ensaios, com vista a aumentar os níveis de produção.
Ana Maria revelou que já liquidou o seu crédito com o Banco financiador, estando nessa altura em curso um estudo de viabilidade para a solicitação de um novo financiamento para a aquisição de uma maquina para o fabrico de sacos em papel.
Por: João Katombela, na Huíla