Daqui, perto ao longe, ressono dúvidas da existência de deus que nos subordina desde a sua aceitação. É uma aberração dar realeza a um demónio de deus que nos beija estupidamente com seu poder adquirido a nervos com ajuda da maquilhagem da nossa virgindade aos rasgos do sufrágio a pernas abertas. Sentimo-nos cercados de anjos, as neves enervam-nos a pele, os céus não nos oferecem prazeres de se ir lá, o rigor é absoluto.
Demos voto de confiança a quem nos desconfia como seus cervos, parte essencial do seu reinado, penamo-nos por exaltar um deus cuja materialização prende-se ao incremento dos ares da miséria.
Somos cobardes, infantis, inocentes até à morte, somos convencidos pelos doces do vazio em nós. À partida, a pátria é um mistério em nós, o soberano falha aplaudido, aprendemos dar adulação a quem nos deve servir com obrigatoriedade.
A corrida é longa, e reclamamos cansaço inelutável. Temos, em nós, claramente, o dom corrupto de nos naufragar, não é só deus que nos faz falhar às vezes, somos bode expiatórios de nós mesmo. Abrimos os ares das necessidades, trocamo-nos a elas.
Quem, a título de exemplo, morre[rá] à Azagaia, cada vazio que se nos rasga o estômago concorre-se à eterna corrupção do deus dos céus que pisamos. Temos, constantemente, um dom infalível de se nos corromper à luz de um cigarro apagado, que sabemos da sua temporal existência.
Os convites que negamos na clareza, eles têm o clitóris excitante na consolidação da noite—manhã, tarde e noite— tempos que incidem escolhas entre o sábado ou domingo.
Somos uma falha enquanto nação dessa soberania, amansamo-nos a cargo de um deus inútil, que imprime seu reinado sob facilitação da nossa morte por meio de um desejo futuro mal desenhado, cuja construção desrespeita os alicerces que dão sustentam sua existência como deus.
Vivemos a palmo de um pranto inesgotável, tememos chegar a um paraíso que se nos tanto vulga discursos casmurros. Ponto, somos inimigos de nós, pertencemos a uma natureza desconexa, mas ligado a um deus vaidoso.
Ilusão, demagogia e imaturidade política tornaram-se um sistema, pois a sua segregação banaliza o fenómeno vácuo automatizado pelo deus. Sentimos nossa pátria madrasta, deus padrasto, reinado enteado, e um deserto baseado na relatividade na Carta dos Reis em regime de “fechada” de um deus que engole luxúria de açúcar a açúcar. O nosso prazer é um castigo, ajudamos, ganhamos o ópio.
Por: VÂNIO MWANDUMBA