Valentina “Biter”, uma influencer digital, é tida como a líder desta rede que, supostamente, praticava prostituição. De acordo com o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Manuel Halaiwa, a líder desta rede de prostituição é uma cidadã com práticas reincidentes, sendo que já havia operado as mesmas práticas anteriormente numa residência no bairro Dangereux. Tal como as outras, esta rede apresenta-se sob o disfarce de um estabelecimento que presta serviços estéticos e de massagem.
Com um grupo nas redes sociais, avança o porta-voz, esta mulher recrutava outras mulheres que pretendem aderir à prática, assim como vender os serviços para os homens que recebem inicialmente fotos e vídeos sensuais.
“Elas apresentam-se como prestadoras de serviço de massagem, mas se estendem a actos sexuais, cobrando 25 mil kwanzas, que é repartido com a proprietária do espaço”, disse.
Ou seja, 15 mil kwanzas para a dona do estabelecimento e 10 mil kwanzas para a prestadora dos serviços sexuais. Nessa operação do SIC, que visou desmantelar redes de prostituição, resultou na detenção de seis mulheres, com idades entre 21 e 30 anos, incluindo a responsável pela rede que, de acordo com ela, não recrutava as mulheres para o fim da venda de sexo, mas para serem massagistas.
“Mas, os clientes negociavam com as massagistas para terem um “final feliz”, termo usado para se referir à prática sexual, depois da massagem relaxante, com penetração”, sustenta.
Valentina avança ainda que não obriga as suas funcionárias a se relacionarem sexualmente com os clientes, sendo que, apesar de ter conhecimento, a negociação para o acto sexual fica a critério da massagista que, posteriormente ao acto, recebe do cliente mais 10 mil kwanzas, para além dos 15 mil – que é o valor da massagem relaxante, serviço vendido naquele espaço.
“Eu não recrutava para prostituição, como está a ser divulgado. Eu recrutava para a actividade de massagista e alguns clientes negociavam com elas para terem um final feliz, ou seja, para que houvesse penetração.
Eu tenho a mente muito aberta: são dois adultos e se entenderem que querem fazer sexo, que o façam. Eu acho isso uma diversão”, disse a líder da rede. Esta jovem disse que é conhecida na internet como influenciadora digital e alega que esta actividade de “massagista” é uma acção normal como as outras, de ganha-pão, mas nega ter algum dia se envolvido sexualmente com um cliente, uma vez que diz ser mulher comprometida.
Por outro lado, a líder da rede lamenta o facto de estarem detidas duas mulheres do seu estabelecimento que se limitavam apenas a fazer serviço de limpeza e atendimento de chamadas.
Por: Stélvia Faria