Forças do Ministério do Interior desenvolveram em conjunto operações, no âmbito das acções de combate cerrado ao contrabando de combustíveis, a nível do território nacional, ao longo dos últimos 45 dias, onde foi possível apreenderem mais de 2 milhões de litros de combustível diverso e a detiverem 169 cidadãos, entre nacionais e estrangeiros.
De acordo com Manuel Halaiwa, porta-voz do SIC-Geral, que fez a apresentação dos dados preliminares, a acção incidiu-se no desmantelamento de vários estaleiros clandestinos, a abordagem nos postos fronteiriços, armazenamento e transporte ilegal de combustível, bem como na actuação em zonas fluviais, com maior destaque nas províncias vizinhas da República Democrática do Congo e na Zâmbia.
É assim que 2 milhões 233 mil e 433 litros de combustíveis diversos foram apreendidos, estratificados em 926 mil e 526 litros de gasóleo, 34 mil 950 litros de petróleo e 1 milhão 271 mil 967 litros de gasolina.
As províncias de Cabinda e Zaire lideram o número de apreensões, sendo que o combustível nestes casos são adquiridos de forma legal, a partir das empresas indicadas para a distribuição, mas que eram desviados pelos receptores que, clandestinamente, transportavam usando bidões para os países fronteiriços.
“Tivemos o registo de 44 casos criminais em Cabinda; Zaire, com 19 casos; Lunda-Norte, 12; Cunene, 10; Moxico, 08; Luanda, três e igual número em Malanje, Bengo e Uíge. Já no Cuanza-Norte tivemos dois; Lunda-Sul e Cuando Cubango cada um”, sutenta.
O porta-voz do SIC, superintendente-chefe Manuel Halaiwa, disse que, para além destas operações, o SIC vai continuar a invidar esforços para deter os grandes promotores da actividade do contrabando de combustível no país.
Os 169 cidadãos detidos, com idades compreendidas entre os 22 e 56 anos, são, na sua maioria, nacionais, alguns chineses, bem como congoleses, e detentores de empresas de comercialização e transporte de combustíveis.
Recorda-se que a Polícia Nacional de Angola (PNA), na última sexta-feira (15.11.2024), apreendeu 9.015 litros de combustível destinado ao contrabando nas províncias de Zaire, Cabinda, LundaNorte, Uíge e Moxico e interceptou a entrada no país de 163 imigrantes ilegais, provenientes das Repúblicas da Namíbia, Congo Brazzaville e Congo Democrático.