O governante diz ter começado, com a visita a infra-estruturas sociais, o diagnóstico de que falou no dia em que foi apresentado como governador de Benguela, substituindo Luís Nunes, que exerce funções semelhantes na província de Luanda.
Na primeira etapa de um diagnóstico que vai levá-lo, nos próximos dias, aos municípios do interior, Nunes Júnior detectou «alguns problemas e constrangimentos», os quais promete, de forma gradual, resolver.
“Alguns são de solução imediata, outros são de solução a médio e longo prazos“, sinaliza o governador, para quem o mais importante é que os mesmos estão identificados nos vários domínios a que se referiu.
O governador provincial de Benguela começou, nessa Quinta-feira, 14, visitas a Infra-estruturas sociais, naquilo que convencionou chamar de diagnóstico, na perspectiva de vir a definir as fórmulas de que precisa para as soluções que se impõem.
Nunes Júnior incluiu os hospitais e a Polícia Nacional como primeiros destinos. Em declarações à imprensa, no final, ele disse ter chegado, assim sendo, o momento de arregaçar as mangas e continuar a trabalhar.
Entretanto, em linhas gerais, o que mais o preocupa é o acentuado estado de degradação de algumas infra-estruturas, quer da Polícia Nacional, quer de hospitais, associada à falta de água corrente no Hospital Municipal de Benguela.
Nunes Júnior considera inconcebível que uma unidade sanitária tão importante como aquela, na vida das comunidades, não tenha à disposição água a jorrar 24 horas ao dia nas suas torneiras.
“Um hospital tão importante na hierarquia de hospitais da província e do país não tem água corrente, vive de cisternas.
Isso é custoso, não é muito confortável, e é algo que nós temos que resolver, numa hierarquia de prioridades é a prioridade absoluta”, vincou o governante, tendo acrescentado, pois, que um hospital “sem água é um problema.
Se, em nossas casas, quando não temos água é um problema, quanto mais num hospital”, elucida. O governador sustenta que, feita a visita «diagnóstica», o passo seguinte vai ser o de sentar-se à mesma mesa com os vários intervenientes da cadeia governativa, de modo a encontrar «as soluções mais rápidas e mais adequadas», a fim de que esse problema não persista. “(…) Quando eu falo em prioridade absoluta, quero dizer que tem que se resolver, se for possível amanhã, mas é algo que temos que resolver”, salienta.
Ele acentua que muitos dos problemas não implicam assim grandes recursos financeiros e dependem de intervenção local.
“Há questões que são para fazer estudo, demora algum tempo por resolver, mas há aquelas que é para resolver já. Resolver com a rapidez que for possível”, disse, que promete, para breve, radiografar os sectores da educação e reunir com vários segmentos da população.
Caminhada do diagnóstico O homem forte de Benguela decidiu andar para, no terreno, encontrar as melhores soluções de resolver os problemas sociais da província. Energia eléctrica, águas, vias de acesso, para citar apenas estes, constam das prioridades de Nunes Júnior.
O governante esteve, também, na Delegação Provincial do MININT e de Aristófanes dos Santos e companheiros foi elucidado sobre o quadro da segurança pública na província.
No Centro Integrado de Segurança Pública, o governador tomou contacto com os meios tecnológicos instalados que concorrem para o combate ao crime a nível da província.
O governador esteve ainda no Comando Municipal da Polícia Nacional para radiografar as condições de acomodação dos efectivos e não terá gostado do que viu, no que se refere às infraestruturas.
No centro de hemodiálise, o governador ficou informado da necessidade de assistência social para acompanhar os 367 pacientes, constituídos por dois grandes grupos.
“O apoio social aos doentes é o que mais temos tido dificuldades. Estamos à espera que nos cedam alguns assistentes sociais para apoiar aqui o centro.
A solicitação já foi feita”, dá nota a nefrologista Zila Cerqueira, responsável da instituição sanitária. O governador de Benguela visitou ainda o Centro Oftalmológico e o Hospital Geral de Benguela, onde se lhe avançou vários problemas que, neste momento, apoquentam aquelas unidades sanitárias, que passaram, de entre outras, pela necessidade de aumento de quadro para fazer face à demanda de pacientes e deficiência em algumas áreas.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela