Estudos recentes mostram que grandes empresas perdem anualmente cerca de 2,5 mil milhões de dólares com os ciber ataques, enquanto as pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam prejuízos na ordem dos 120 milhões de dólares. Estes valores são contabilizados tendo em conta os custos com a interrupção das actividades, as penalizações jurídicas devido à exposição de dados confidenciais e danos reputacionais associados à vulnerabilidade dos sistemas.
Em Angola, a necessidade de uma infra-estrutura de cibersegurança robusta é ainda mais relevante, à medida que o país vivência uma transformação digital acelerada.
Em 2023, Angola registou mais de 1.000 denúncias de crimes cibernéticos, com destaque para as fraudes nas redes sociais, as transferências ilícitas via internet banking, a violação de direitos autorais e a falsificação de vendas on-line.
Embora estes crimes atinjam principalmente indivíduos, práticas como espionagem cibernética e roubo de informações industriais afectam directamente o desempenho das empresas, especialmente as PMEs e grandes empresas dos sectores da saúde, financeiro e aviação. Estes sectores dependem intensamente de soluções digitais, tornando-se potenciais alvos de ciber crimes.
A rápida expansão do número de usuários de internet e smartphones em Angola (em linha com os índices globais de 67% e 81%, respectivamente) torna o país numa plataforma atractiva para actividades cibernéticas, tanto legítimas quanto maliciosas.
Com este contexto, a necessidade de serviços de internet rápidos, seguros e geridos por operadores com knowhow digital, é crucial para sectores regulados, como a banca e a indústria petrolífera.
Entre as ameaças mais frequentes enfrentadas por empresas estão os ataques de Negação de Serviço Distribuída – Distributed Denial-of-Service (DDoS). Estes ataques têm como objectivo sobrecarregar os sistemas com um elevado volume de tráfego, tornando-os inacessíveis para usuários legítimos.
A consequência vai além da indisponibilidade de serviços: prejuízos financeiros, desgaste da reputação da marca e possíveis sanções legais. Segundo estimativas da McAfee, os prejuízos globais com ciber ameaças poderão atingir 10,5 triliões de dólares até 2025.
A implementação de soluções Anti-DDoS é fundamental para mitigar os riscos de interrupção dos negócios, optimizar respostas a incidentes e proteger a reputação das empresas.
A crescente digitalização de Angola, aliada a um quadro regulatório que ainda precisa de actualização, tem tornado o país cada vez mais atrativo para criminosos cibernéticos.
Muitos sistemas de protecção utilizados pelas empresas angolanas encontram-se desactualizados, e a resistência à adopção de soluções de segurança mais avançadas acaba por expor as instituições a vulnerabilidade desnecessárias.
Neste sentido, a Angola Cables, referência no sector das Telecomunicações em Angola, tem desenvolvido produtos e serviços específicos para fortalecer a cibersegurança no país.
Contando com uma infra-estrutura robusta e certificada, disponibilizámos soluções de defesa digital para apoiar empresas a protegerem-se contra ataques cibernéticos e a estarem preparadas para responder a incidentes de forma eficiente.
Não há dúvidas de que a cibersegurança é hoje uma questão prioritária e global, e esperase que os debates sobre o tema se intensifiquem nos próximos anos.
A Angola Cables está preparada para participar activamente nestes diálogos, contribuindo com a sua expertise técnica para combater o cibercrime e promover um ambiente digital mais seguro e propício ao desenvolvimento económico de Angola.
Por: Fernando Cruz
*Gestor Comercial