Nacionalista de gema e um dos maiores históricos do MPLA, Mário Pinto de Andrade, natural do Golungo Alto, viu o seu nome eternizado com a sua atribuição ao Hospital Geral do Cuanza-Norte, que ontem foi inaugurado pelo Presidente da República, João Lourenço, ainda nas festividades alusivas ao 11 de Novembro.
A abertura ocorre pouco tempo depois de uma instituição similar, no Cuanza-Sul, ter sido também aberta pelo Titular do Poder Executivo, desta feita em reconhecimento aos préstimos de um militar cubano nos tempos em que Angola dava os seus passos como Nação independente.
À medida que o país vai homenageando os seus históricos, entre políticos, militares e figuras da própria sociedade civil, algumas ainda em vida e outras que já partiram para o outro mundo, também se vai aumentando os serviços de saúde e, consequentemente, um maior acesso dos populares.
Poucos serão os automobilistas – e até passageiros – que não tiveram um dia destes a oportunidade de cruzar numa das estradas nacionais com ambulâncias, em completo excesso de velocidade, levando pacientes para serem socorridos em Luanda, porque os hospitais destas duas províncias mencionadas não possuíam determinados especialistas.
Além das grandes estruturas já abertas, sobretudo os chamados hospitais gerais ou unidades de referência, há ainda outras de pequena dimensão que vão engrandecendo em termos numéricos o sistema nacional de saúde, com resultados que se vão reflectindo aos poucos no seio da população.
Aos poucos, apesar dos críticos de plantão, vaise evidenciando que em muitos locais já não é a falta de hospitais, centros ou postos de saúde que afligem os cidadãos, mas, sim, o nível de serviços oferecidos nas circunscrições em que estão a ser instalados.
É a humanização dos serviços e a qualidade que agora se procura por todos aqueles que confiam os seus cuidados de saúde aos hospitais públicos, por sinal os únicos em que na maioria dos casos tem solução para situações mais complexas.
Na maioria das vezes, o que se lê ou vê são reclamações de utentes, alguns dos quais acabam mesmo por perder a vida à porta das instituições públicas.
Mas, nos últimos tempos, felizmente vão surgindo sinais de esperança com a melhoria e exemplos partilhados de serviços de qualidade em que muitos dos pacientes e seus familiares não se cansam de gabar em hospitais públicos.
Sem qualquer desprimor por outras, seguramente, a gestão e os serviços do Hospital Materno-Infantil Azancot de Menezes, inaugurado em Junho de 2022, vai-se espalhando pela positiva, restaurando com isso a crença nos serviços públicos de saúde.
E seria bom demais se, assim como as críticas que são feitas e ‘viralizam’, também se pudessem tornar cada vez mais presente os aspectos positivos como forma de se incentivar os gestores e seus profissionais que com brio vão salvando milhares de vidas pelo país.