O Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) continua a aumentar a rede sanitária na província da Huíla, com vista à melhoria da assistência médica e medicamentosa aos habitantes dos 14 municípios que compõem esta província, com a inauguração de novas unidades.
A rede sanitária na província da Huíla passou de 315 para 316 unidades, com a inauguração do primeiro Centro de Referência de Tratamento e Fisioterapia da Tuberculose no município da Matala, província da Huíla, no âmbito das comemorações do 49.° aniversário da Independência Nacional.
A nova unidade sanitária especializada em doenças respiratórias foi inaugurada pelo governador provincial, Nuno Mahapi Dala, e vai garantir assistência médica às populações dos municípios de Chicomba, Chipin- do, Kuvango, e Quipungo.
Orçada em AO 243.097.881,70, a referida unidade sanitária vai servir para desafogar o Hospital Sanatório do Lubango, que actualmente atende os demais municípios da província da Huíla.
Nuno Mahapi Dala disse que a melhor forma de celebrar os 49 anos de Independência é continuar a trabalhar para a melhoria das condições de vida das populações, com a construção de mais equipamentos sociais, sobretudo para os sectores da saúde e da educação.
Por outro lado, o governante disse que o Governo que dirige vai continuar a trabalhar para que mais serviços sociais básicos sejam colocados à disposição de todos, e apostar na for- mação de quadros, capazes de responder aos novos desafios.
“Queremos primeiro render homenagem aos nossos bravos combatentes que deram a vida para a conquista da Independência, mas a melhor forma de honrar as suas memórias é trabalharmos na melhoria das condições de vida das populações, com mais serviços nos sectores da educação e saúde, como podemos testemunhar, com a inauguração de mais um hospital aqui no município da Matala, que vai também atender às populações do leste da nossa província”, disse.
Habitantes da Matala pedem mais serviços
Os habitantes do município da Matala, na província da Huíla, pedem mais serviços sociais, com destaque para um Hospital Materno-infantil, uma universidade, água e energia para as zonas periféricas do município, atendendo à sua densidade populacional.
Joaquim Maurício, morador do bairro 11 de Novembro, arredores da sede municipal da Matala, disse que, apesar dos avanços que se registaram ao longo dos 49 anos de Independência Nacional, ainda há muito a ser feito.
“Podemos apontar muitos avanços, mas também ainda há mui- to por se fazer, ainda falta água, falta energia em alguns bairros do nosso município e estes são os serviços sociais básicos para uma população”, disse.
De acordo com a nossa fonte, não se pode admitir que num município que tenha uma barragem Hidro-eléctrica haja restrições no fornecimento de energia. Maria Joaquina, moradora do bairro Comandante Cowboy, aponta a falta de segurança como o principal entrave para o pleno desenvolvimento dos habitantes do município da Matala.
“Há muita delinquência, somos obrigados a dormir muito cedo por conta dos bandidos, você pode ligar para a polícia, mas nunca chega a tempo. Aqui, os que mais sofrem são os motoqueiros, por isso, pedimos que este serviço de segurança seja colocado no nosso bairro”, solicitou.
Novo edifício da administração municipal
O município da Matala ganhou ontem um novo edifício da Administração Municipal, construído no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM). A infra-estrutura, cujas obras tiveram início em 2021, custou aos cofres do Estado um total de AO 681.309.932,85 e vai conferir mais dignidade aos funcionários e utentes dos serviços da Administração Pública do Estado.
O administrador municipal da Matala, Manuel Machado Quilende, disse que, com o novo edifício, se confere mais dignidade aos funcionários e comodidade aos utentes de forma geral.
Já o director interino da Saúde na Matala, Nsimba Paulo, disse que, com a inauguração e consequente entrada em funcionamento do Centro de Referência de Tratamento e Fisioterapia de Tuberculose, os pacientes deixarão de ser transferidos para o Lubango.
A unidade sanitária comporta duas enfermarias com 16 camas, dividida para os dois géneros, dois laboratórios, sala de reunião, sala de triagem, farmácia e refeitórios.
POR:João Katombela, na Huíla