A variação foi fortemente influenciada pela subida de preços na secção das Indústrias Extractivas, que sozinhas contribuíram com 9,1 pontos percentuais para o índice geral. Ao analisar os principais grupos que influenciaram o aumento, os Produtos de Energia foram os maiores responsáveis, contribuindo com 8,6 pontos percentuais.
Em segundo lugar estão os Bens de Consumo com 0,5 pontos percentuais, seguidos de Bens Intermédios com 0,3 pontos percentuais. Ainda no segundo trimestre de 2024, a variação trimestral dos preços da actividade industrial foi de 1,8%, quando comparada com o trimestre do ano anterior. A secção das indústrias extractivas voltou a ter um papel de- terminante, contribuindo com 1,7 pontos percentuais para este aumento.
Quando analisadas as categorias de bens, essas tiveram uma variação de 2,5%, seguidos pelos bens intermédios, com 1,8%, e os bens de capital, que registaram uma variação de 1,3%. Os produtos de energia, por sua vez, mereceram novamente destaque ao contribuir com 1,6 pontos percentuais.
O Índice de Preços Grossista (IPG) não ficou atrás nas variações, registando um aumento mensal de 1,94% no período de Agosto a Setembro deste ano.
Esta variação foi 0,07 pontos percentuais inferiores à registada no mês anterior, mais 0,71 pontos percentuais acima da variação de Setembro de 2023. A taxa de variação homóloga do IPG em Setembro de 2024 situou-se em 35,37%, um aumento significativo de 15,81 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior, evidenciando uma tendência de crescimento contínuo nos últimos 12 meses.
Em termos de produtos nacionais, os preços aumentaram 2,68% de Agosto para Setembro deste ano. A área das pescas destacou-se como a que mais contribuiu para o aumento, com uma variação de 2,85%. Entre os produtos que registaram as maiores subidas, destacam-se o pescado fresco com (4,69%), o Carapau fresco (3,64%) e a Sardinha fresca (3,20%).
Outros produtos, como a Corvina fresca (2,89%), Espada fresca (2,41%), e Linguado fresco (2,40%), também contribuíram para este cenário. A variação acumulada dos preços dos produtos nacionais em Setembro atingiu 28,82%, enquanto a inflação foi de 2,68%, com a Indústria Transformadora a dar a maior contribuição, de 1,52 pontos percentuais.
Os produtos mais impactantes foram a gasosa (0,64 p.p.) e a cerveja (0,46 p.p.), seguidos pelo cimento (0,08 p.p.) e farinha de trigo (0,04p.p.).
Aumento nos produtos importados
Os produtos importados também registaram um aumento de 1,66% em Setembro, em relação ao mês anterior, sendo a secção da agricultura, produção animal, caça e silvicultura a que mais influenciou a variação, com 2,42%.
Entre os produtos que mais contribuíram para o aumento, estão o feijão castanho (3,60%), o milho grão (2,71%) e os ovos (2,57%). Outros produtos, como a ginguba (2,47%), batata rena (1,86%) e alho (0,26%), também apre- sentaram subidas significativas.
A variação acumulada dos preços dos produtos importados foi de 23,05%, com a indústria transformadora a contribuir com 1,50 pontos percentuais. Os principais produtos que puxaram os preços para cima incluem carne de porco (0,28 p.p.), frango congelado (0,26 p.p.) e arroz branco agulha.(0,18 p.p.).
POR:Francisca Parente