Em declarações a este jornal, Eduardo Pinto, que esteve recentemente em território nacional, pela primeira vez, para a inauguração de uma exposição colectiva intitulada “Da Natureza das Figuras”, realizada no Camões – Centro Cultural Português, em Luanda, disse que Angola tem artistas muito interessantes, talentosos, com uma grande diversidade, algo que, no seu entender, reflecte a diversidade cultural do próprio país, no enanto, estes precisam de ser apoiados, valorizados e reconhecidos a nível nacional e internacional.
“Angola tem muita gente nova e a cena artística angolana tem muita vitalidade, muita vivacidade. Sem dúvida de que é um palco atractivo. Há muitos novos artistas com enorme potencial, outros já com carreira internacional, que devem ser apoiados e reconhecidos dentro e fora do país”, assinalou o presidente executivo da instituição de advocacia que mais apoia projectos artísticos a nível da lusofonia.
Após inauguração da primeira exposição de obras pertencentes à Fundação PLMJ, em Luanda, o responsável sublinhou que a sua organização, apesar de estar sedeada em Lisboa, Portugal, tem a missão de ajudar na promoção e divulgação da cultura portuguesa e internacional, sobretudo da arte contemporânea da lusofonia, num espaço temporal cada vez mais centrado na criação artística deste século, especialmente nas disciplinas de pintura e artes plásticas.
Eduardo Nogueira Pinto referiu que, com o apoio dos trabalhos artísticos e exposições, a Fundação tem procurado contribuir na promoção, divulgação e preservação das obras de artistas de países de expressão portuguesa, de modo que estas perdurem no tempo e as futuras gerações tenham a primazia de poder apreciá-las com a mesma qualidade originária.
“Com iniciativas como exposição, almejamos que os artistas possam perdurar, de forma que suas obras sejam também apreciadas pelas gerações futuras”, reiterou.
Acrescentou ainda que o apoio às obras de artistas angolanos acredita-se que “pode ser um incentivo para as novas gerações de artistas” que almejam ver seus trabalhos reconhecidos, apoiados e devidamente valorizados, abrindo a possibilidade de estes trabalhos serem expostos também noutras galerias dos países de expressão portuguesa.
Exposição colectiva de 11 artistas angolanos
A exposição “Da Natureza das Figuras”, patente no Camões, desde o dia 24 de Outubro transacto, está constituída por dezasseis obras de 11 artistas angolanos, com destaque para o renomado artista plástico Paulo Jazz, cujo título da exposição foi inspirado num dos seus trabalhos individuais.
De acordo ainda com o PCE da PLMJ, a exposição resultou de uma selecção de obras de angolanos pertencentes a uma vasta colecção da Fundação que integra artistas de vários países de expressão portuguesa.
“Esta exposição é composta por dezasseis obras que integram o acervo da colecção da Fundação que estão em Luanda (…), por esse motivo estão aqui apenas artistas angolanos.
No entanto, a Fundação tem na sua colecção artistas de todos os países de Língua Oficial Portuguesa”, explicou. Adiantou também que a exposição vai ficar patente no Camões até 27 do corrente mês, aberto para visitas ao público em geral.
Sobre a Fundação
A Fundação PLMJ foi fundada em 2001, em Lisboa, Portugal, através de um conjunto de sócios da PLMJ, que quiseram iniciar um projeto de mecenato artístico.
Com mais de duas décadas de existência, assegura que já apoiou mais de 500 artistas de gerações diferentes, de Portugal e de outros países de língua portuguesa, além de acompanhar e/ou patrocinar dezenas de artistas plásticos que se decidiram lançar em novos mercados e reuniu uma colecção que tem hoje cerca de 1400 obras, desde pintura à fotografia, passando pela escultura e vídeo, desenho, instalação e livros de artes.