A presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF), Hermínia do Nascimento, denunciou, recentemente, ao OPAÍS que os membros de proa da organização que lidera foram, são e serão sempre aliciados por certos dirigentes do Governo, a fim de os desencorajar da luta pela classe.
“Aliciamento sempre existiu no SINPROF, sempre existiu a tendência de aliciamento dos dirigentes do SINPROF e isso pode acontecer de duas formas, designadamente a que é feita directamente por responsáveis do Executivo angolano e outra que ocorre, a nível interno, quando colegas infiltrados tendem a aliciar os outros”, disse a nova líder da organização sindical que defende os professores do ensino geral, tendo adiantando que, quando os autores da segunda forma não têm sucesso, partem para candidaturas a alguns cargos, nos secretariados municipais, provinciais ou mesmo nacional.
Com mais de 30 anos de casa, Hermínia do Nascimento confessou que, muitas vezes, já foi alvo de corrupção dos referidos autores políticos que, segundo ela, actuam mais nas fases de alguma dificuldade financeira.
“Até a mim também já tentaram, mas eu, graças a Deus e talvez por ser economista, consigo gerir bem o que tenho. Tanto mais que, quando ouço dizer-se que é difícil fazer poupança, me vem a vontade de prestar ajuda aos colegas de orientação e gestão financeira.
Sobre tal, recordou que os últimos conselhos nacionais já incluíram a temática da gestão financeira dos funcionários, onde se recomendou que o comportamento ou a atitude de gestão financeira deve partir do próprio cidadão, de modo que o primeiro a ter interesse seja individual.
Hermínia do Nascimento assegurou que, em função das constantes tentativas de aliciamento, o SINPROF já tem estratégias apuradas para se certificar de possíveis envolvimentos internos e programas de instrução a quem quiser lidar com esse problema de frente.
Finalmente, a líder sindical considerou que os aliciamentos que ela e a sua equipa sofrem, desde os anos noventa, os encoraja, cada vez mais, a consciencializar a classe de que a causa da sua luta tem muita razão de ser.
“Nunca me vendi ao diabo”
Ao proceder o seu último discurso, na ocasião do pleito eleitoral que elegeu Hermínia do Nascimento, o presidente cessante do SINPROF, Guilherme Silva, disse que, depois de 17 anos, sai da presidência da organização com dever cumprido.
Destacou, sobretudo, o último mandato de 2019-2024, que ele e a sua equipa fizeram do sindica- to um instrumento de luta e de organização. “Nesses cinco anos de lutas vencidas, às vezes, sofremos, lutando pelo subsídio de isolamento, pela actualização de categorias, em função do actual estado académico dos professores, do tempo de serviço, contra o Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT).
Mas nunca vendi a minha alma ao diabo”, ironizou Guilherme Silva. Na ocasião, informou que deixa como legado um SINPROF melhor, mais forte e que aproximou os professores com muita diplomacia sindical feita, tendo apelado aos colegas que assumiram a direcção do sindicato mais sorte.
“Nunca me vendi ao diabo”
Ao proceder o seu último discurso, na ocasião do pleito eleitoral que elegeu Hermínia do Nascimento, o presidente cessante do SINPROF, Guilherme Silva, disse que, depois de 17 anos, sai da presidência da organização com dever cumprido.
Destacou, sobretudo, o último mandato de 2019-2024, que ele e a sua equipa fizeram do sindica- to um instrumento de luta e de organização.
“Nesses cinco anos de lutas vencidas, às vezes, sofremos, lutando pelo subsídio de isolamento, pela actualização de categorias, em função do actual estado académico dos professores, do tempo de serviço, contra o Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT). Mas nunca vendi a minha alma ao diabo”, ironizou Guilherme Silva.
Na ocasião, informou que deixa como legado um SINPROF melhor, mais forte e que aproximou os professores com muita diplomacia sindical feita, tendo apelado aos colegas que assumiram a direcção do sindicato mais sorte.