O gabinete da procuradoria da Filadélfia entrou com o processo, na Segunda-feira (28), contra a doação do America PAC de Musk, que prometia sortear USD 1 milhão aos eleitores de Donald Trump.
De acordo com a petição, o gesto do empresário caracterizava “lotaria ilegal” que induziu os moradores da Pensilvânia a compartilhar dados pessoais. A partir da acção, um juiz ordenou que todas as partes, incluindo Elon Musk, compareçam a uma audiência judicial na Filadélfia, nessa Quinta-feira (31), num processo que busca impedir que um comité de acção política controlado pelo bilionário conceda o prémio em dinheiro aos eleitores registados nos EUA em Estados-chave antes da eleição de 5 de Novembro.
“É ainda ordenado que todas as partes estejam presentes no momento da audiência”, escreveu um juiz, na Quarta-feira (30), numa ordem no Tribunal de Apelações Comuns do Condado de Filadélfia, segundo apuramento da Reuters.
Até agora, nenhum representante do America PAC se manifestou sobre a questão. Musk prometeu dar US$ 1 milhão por dia para alguém que assinasse sua petição on-line de liberdade de expressão e direitos de armas, dividindo a opinião de juristas sobre se a doação violava ou não leis federais.
A medida do empresário vem na esteira de uma disputa acirrada entre Donald Trump e a vicepresidente Kamala Harris, candidata democrata à presidência. A campanha de Trump depende, amplamente, de grupos externos para angariar votos, o que significa que o super PAC fundado por Musk — o homem mais rico do mundo — desempenha um papel descomunal que poderia caracterizar abuso de poder económico.