O jornalista e escritor Carlos Ferreira “Cassé” foi o vencedor do Prémio Nacional de Cultura e Artes (PNCA), na categoria de Literatura. A distinção, segundo o jurado, deveu-se ao facto de o seu projecto artístico espelhar, além da poética, outras dimensões da cultura literária nacional, evidenciando uma relação intrínseca entre literatura e jornalismo.
Numa cerimónia realizada na passada Quarta-feira,30/10, nas instalações do no Ministério da Cultura, a presidente do júri da 25ª edição do galardão, Maria Ramos, fez o anúncio dos vencedores da referente edição.
“A sua obra constrói um espaço de investigação histórica, tal como da arte pela educação e pela arte”, ressaltou a júri em declarações à imprensa. Na categoria de música, o cantor e compositor Dionísio Rocha foi o vencedor, distinguido pela sua vasta estrada e experiência artística que o permitiu demostrar originalidade, versatilidade e contributo para a pesquisa, investigação e divulgação da música angolana e da cultura nacional.
Já na disciplina de Artes Plásticas, o prémio recaiu no artista Joaquim Teixeira “Tchombé” que, segundo o jurado, apresentou uma obra com rigor, coerência e robustez que espelham a vasta experiência no mundo das artes.
Cinema e Dança
Na categoria de cinema, a produtora Diamond Films foi a prestigiada da presente edição. De acordo com o júri, a produtora venceu pela sua consistência na produção cinematográfica, cujo impacto tem sido positivo em toda a cadeia de cinema nacional, demonstrando trabalhos de qualidade e autênticos.
A produtora destacou-se ainda pela aposta contínua em jovens talentosos e criando oportunidades de crescimento e amadurecimento profissional de dezenas de jovens artistas e não só, envolvendo várias gerações de actores nas suas produções.
Quanto à dança, o bailarino e coreógrafo Pedro Vieira Dias Tomás “Mestre Pitchú” foi o distinguido, ressaltandose o facto de ser um dos principais responsáveis pela explosão universal da kizomba, através dos seus projectos e coreografias.
De acordo com o jurado, Mestre Pitchú “é das figuras mais conceituadas e representativas das danças angolanas na diáspora, destacando-se alémfronteiras pelo seu engajamento na defesa da identidade nacional”, verificou o júri.
Teatro
O Colectivo de Artes Ombaka, da província de Benguela sagrou-se vencedor na disciplina de Teatro, pelo conjunto da sua obra e trajectória artística visivelmente ascendente que resulta da sua ininterrupta apresentação desde a sua fundação, a 5 de Março de 2005. Já em Ciências Humanas e Sociais, o prémio recaiu à colectânea “Os bantu na visão de Mafrano – quase memórias”, do professor e investigador Maurício Francisco Caetano “Mafrano”.
O júri referiu que a obra foi reconhecida pelo seu impacto significativo na documentação e interpretação das tradições Bantu. Considerou que a prova preserva e documenta a rica herança cultural dos povos Bantu e estabelece conexões com outras culturas africanas.
O Prémio Nacional de Cultura e Artes é uma iniciativa do Ministério da Cultura que, anualmente, visa destacar artistas (colectivos ou individuais) que tenham impactado ou contribuído significativamente para o engrandecimento da cultura nacional, distinguindo-os em diferentes campos de actuação.