Alguns funcionários da empresa de táxi por aplicativo UGO queixam-se de estarem a ser obrigados a trabalhar 12 horas por dia e apresentar uma conta de 30 mil kwanzas. Segundo eles, essa exigência da Ugo os deixa sem nenhum dia de descanso, porque aquele que seria para tal acaba por os submeter a trabalhar, ora para completar a conta do patrão, ora para poderem levar algum dinheiro para a casa.
“Quando comecei a trabalhar para a UGO, há mais de seis meses, a conta acordada era de 25 mil por dia e nós, os motoristas, tínhamos direito a dois dias, que repartíamos um para trabalho e outro para descanso.
Derepente, a conta subiu para 30 mil, com a agravante de terem reduzido os dias merecidos para um”, lamentou um condutor cujo nome pediu para não ser citado nessas linhas. O reclamante informou ainda que, mesmo com um esforço além do normal, as contas diárias dificilmente estão a seu favor, porque ele tem de arcar com os custos diários do combustível, das recargas telefónicas para ter acesso à internet e às ligações de voz.
Questionado se há dias em que o rendimento dobra o exigido, o entrevistado referiu que, até nos poucos dias que a conta chega aos 50, os motoristas, na sua condição, têm de tirar 12 mil e 800 kwanzas para o combustível, 10 para o aplicativo e cinco ou mais para o saldo. “Nas ocasiões em que o cliente liga para ir pegá-lo, e depois desmarca a viagem, nós é que temos de arcar com as despesas”, reclamou.