Para tal, Alcides Gomes defende que o Estado deve continuar com o pro- cesso de privatizações de mais empresas, por formas a ter menos presença na economia, tendo em conta o modelo de mercado presente em Angola.
O interlocutor entende que a presença massiva do Estado nas empresas, em parte, reduz os resulta- dos positivos e faz com que certas instituições sejam ineficientes, representando menos desempenho das operações realizadas.
Para o economista, é necessário que a gestão das empresas seja entregue a players de mercado, no sentido destas mesmas empresas se desenvolverem. É também de opinião que o país ofereça um grande potencial para acelerar a economia acima das previsões que têm sido feitas.
O Estado angolano arrecadou, com a recente venda dos 30% das acções da ENSA, um montante que ultrapassou os 8 mil milhões de kwanzas, tendo a procura pelas 720 mil acções ultrapassado largamente a oferta, o que correspondeu a 174,51%.
O negócio foi fechado num montante total de 8.973.665.794,05 (oito mil milhões, novecentos e setenta e três milhões, seiscentos e sessenta e cinco mil, setecentos e noventa e quatro Kwanzas e cinco cêntimos).
Conforme anunciado pelo Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), a procura pelas 720 mil acções da ENSA, com o código de negociação “ENSA”, ultrapassou largamente a oferta, tendo correspondido a 174,51%.
Nos termos do prospecto, as ordens de compra com o preço igual ao Preço Unitário Final da Oferta (Kz 12.499,80) foram parcial- mente satisfeitas e contemplados 1.115 do total de 1.833 investidores que submeteram as suas declarações de aceitação da oferta dentro do prazo estabelecido para o efeito.
Os resultados foram apurados pela Comissão Executiva da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODI- VA-SGMR, S.A.), tendo em conta o preço fixado em Kz 12.499,80 (doze mil quatrocentos e noventa e nove Kwanzas e oitenta cêntimos) e levando o oferente a lucrar de Kz 8,9 mil milhões.
O período de candidaturas para a compra das acções começou a 24 de Setembro e prolongou-se ao passado dia 25 de Outubro do corrente ano, sendo que o dia de ontem serviu para a publicação do resultado final da venda das acções, fixado com base na procura dos investidores.
Das 720 mil acções da seguradora, 672 mil (28% do capital social da ENSA) foram destinadas ao público em geral, enquanto 48 mil acções (2% do capital) teriam sido reservadas aos trabalhadores da empresa, os quais foram submetidos sob condições especiais.
A privatização parcial da ENSA enquadra-se no âmbito do Programa de Privatizações (PROPRIV) e dentro de uma estratégia que Executivo traçou com o objetivo de reduzir a participação do Estado em várias empresas estratégicas, promovendo, desta forma, o crescimento do mercado de capitais e atraindo investimentos nacionais e internacionais.
POR:Adelino Kamongua