Os congressos dos partidos que compõem a FPU a ter lugar no próximo ano, poderão ditar o futuro da plataforma, tendo em conta o desafio eleitoral de 2027, uma vez que a legalização do PRA JA – Servir Angola e o facto de o Bloco Democrático ter de concorrer isoladamente em caso de não se juntar a uma coligação de partidos, está a dar azo a várias especulações.
Falando à imprensa, nessa Quarta-feira, 23, a propósito da divulgação de uma declaração sobre o actual momento político nacional e internacional, os líderes da FPU quiseram deixar claro que o que os move é a alternância política no país.
Todavia, é prematuro falar do futuro da plataforma porquanto a mesma está condicionada à realização dos congressos que são os órgãos deliberativos dos partidos.
“Ainda sou um coordenador, nem sou presidente do PRA JA. Então, até vermos, vamos deixar a história correr. Os nossos congressos vão deliberar em liberdade e as agendas pós-constantes.
Estamos ainda em 2024. O Bloco e a UNITA, provavelmente, fazem os seus congressos em 2025, nós ainda não deliberamos o órgão deliberativo que vai convocar o congresso, ainda nem reunimos”, salientou Abel Chivukuvuku, adiantando que o seu partido vai reunir antes do fim do ano e no primeiro trimestre do próximo ano, para fazer avaliação e convocar o congresso.
“Portanto, temos tempo para tudo, o mais importante é que queremos o bem do nosso país e o bem dos nossos concidadãos, servir Angola”, ressaltou o político.
A declaração
Por outro lado, na declaração assinada por Adalberto Costa Júnior (UNITA), Abel Chivukuvuku (PRA JA), Filomeno Viera Lopes (Bloco Democrático) e Francisco Viana (Sociedade Civil), a plataforma manifestou solidariedade pela legalização do parceiro PRA JA.
Relativamente ao Censo da População e Habitação, cujo prazo foi estendido para mais um mês, este grupo de políticos refere que devia haver uma melhor programação logística e da gestão dos recursos humanos.
Em relação à denúncia do Presidente da República, João Lourenço, que dá conta do envolvimento de políticos e até de parlamentares no contrabando de combustíveis e arruaças, proferidas no último dia 15, aquando da mensagem sobre o Estado da Nação.
Por essa razão, esta plataforma insta o Presidente da República a informar a opinião pública e aos órgãos de justiça quem são, efectivamente, os autores responsáveis que estão implicados no contrabando de combustíveis.
De realçar que a UNITA participou nas últimas eleições (2022) ganhas pelo MPLA, acoplada ao então projecto político PRA JA – Servir Angola, Bloco Democrático e membros da sociedade civil tendo conseguido 90 lugares na Assembleia Nacional na presente legislatura.