Ainfra-estrutura ora inaugurada pelo Presidente da República, na cidade sede da província do Cuanza-Sul, homenageia o comandante cubano Raul Diaz Argüelles. Com o empreendimento sanitário, a província do Cuanza-Sul passa, desta feita, a dispor de um hospital para cirurgias de alta complexidade, ao mesmo tempo que encurta distância de mais de 100 pacientes com necessidade de hemodiálise.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, afirmou que o gesto vem reforçar aquilo a que chama de «revolução» do sector, impulsiona- do por João Lourenço, Presidente que, na óptica de Sílvia Lutucuta, tem estado a investir milhões para a garantia do bem-estar sanitário da população angolana.
De acordo com a governante, inaugurado que está, o grande desafio vai ser andar de mãos dadas com o governo local para trabalhar no processo de humanização dos seus serviços. Porém, de uma coisa, apesar dessa condicionante, a ministra Lutucuta tem certeza: o novo hospital dispõe de ambiente acolhedor e humanizado para utentes, famílias e profissionais.
Enaltece, pois, o facto de, pela primeira vez, a província passar a dispor dos serviços de hemodiálise, “UTI para adultos e neonatos e inclui blocos operatórios com capacidade cirúrgicas de alta complexidade”, realça, ao referir que o Sumbe, com esse empreendimento sanitário, ganha o maior serviço de banco de sangue no sector público e privado a nível da província.
“Uma fábrica de gases que garante autonomia para esta e outras unidades sanitárias. Esta unidade abre portas para um total de mil 144 técnicos”, afirmou, ao sinalizar que a atribuição do nome do general ao hospital traduz, de forma inequívoca, a solidariedade do povo cubano para com o angolano.
Valências
Por sua vez, o director-geral do hospital, médico-cirurgião Agostinho José Matiamba, descreveu, momentos antes da inauguração, as valências da unidade. Matiamba começa por considerar histórica a inauguração de um hospital dessa dimensão, porquanto o Cuanza-Sul nunca tinha tido os serviços ora criados.
O responsável revela que a unidade tem uma capacidade instalada de 200 camas e mil 114 funcionários, 138 dos quais médicos e 200 de diversas especialidades e 200 enfermeiros que vão assegurar o normal funcionamento da unidade.
Ou seja, o hospital dispõe de técnicos à dimensão do grau de complexidade – sublinha o responsável. “Nós temos todas as valências. Nós temos este hospital de alta complexidade, desde a imagiologia de alta complexidade, cirurgias de alta complexidade: esta- mos a falar aqui de cirurgia geral, neurocirurgia, urologia, cirurgia maxilofacial”, elencou o responsável.
Outras áreas
A essas especialidades juntam- se, igualmente, outras, destacando-se, de entre outras, a cardiologia, reabilitação física de doentes e endocrinologia. Estão asseguradas viaturas para o transporte de pacientes, sobretudo para pacientes com necessidade de hemodiálise. Neste particular, o director do hospital enaltece o facto de o PR prestar uma atenção especial ao sector da saúde.
Por dentro do hospital
O Presidente da República, acompanhado da Primeira-Dama Ana Dias Lourenço, visitou demo- radamente as instalações do hospital, recebendo informações técnicas da equipa médica sobre a especificidade de cada área.
João Lourenço recebia informações inerentes ao funcionamento e, sempre que podia, questionava para obter explicação que se impunha. No final da visita, o Chefe de Estado ofereceu três autocarros e ambulâncias para o Hospi- tal Geral do Cuanza-Sul Comandante Raul Diaz Argüelles. O hospital começou a ser construido em Agosto de 2021, numa área de 15 mil 600 metros quadrados.
A unidade, cuja empreitada coube a uma empresa do Grupo Empresarial Mittrel, conta com bloco administrativo, morgue, residências e ficou orçado em 63 milhões de euros – segundo informações apuradas por este jornal.
POR:Constantino Eduardo, enviado ao Sumbe