António Leonardo, de 21 anos de idade, estava numa roulote a consumir, celebrando o nascimento do seu primeiro filho, há uma semana, quando foi surpreendido. Segundo os familiares, ele nunca esteve associado a grupos de marginais.
Entretanto, durante a nossa reportagem, há quem falou que o motivo foi a rivalidade entre grupos, mas a família nega.
O sogro, Inácio Capango, descreve o jovem como alguém trabalhador, honesto e que já tinha a data de pedido com a sua filha marcada para a próxima semana.
“Morreu num momento em que celebrava o nascimento do seu primeiro filho e foi surpreendido por delinquentes que o esfaquearam no peito, duas vezes.
Uma das facas ficou colada”, disse, lamentando que, apesar de o crime ter acontecido à madrugada do último domingo, a Polícia apareceu apenas às 9 horas para a remoção do cadáver.
O malogrado, natural de Benguela, e que chegou a Luanda para procurar uma vida melhor, segundo familiares, era funcionário de uma hamburgueria.
“Show”, nome mais conhecido no bairro e postado nas paredes do bairro Sambizanga, deixa filho de semanas e viúva, que não falou à nossa reportagem por estar a recuperar de uma cesariana.
A Polícia da 9.ª Esquadra assegurou estar à “caça” dos presumíveis autores do crime, acalmando a família, que pede justiça.
Populares pedem regresso da Turma do Apito
A criminalidade no Sambizanga voltou em grande depois da desactivação da Turma do Apito, instituída pelo ex- administrador do Distrito, Tomás Bica. De acordo com relatos de populares, em média, mensalmente, morrem três pessoas em rixas .
A Polícia Nacional, através da direcção de ilícitos penais, dasactivou o grupo Turma do Apito, porque se dedicava a alguns crimes, como detenções ilegais, sequestros e agressões físicas. Ou seja, funções que são da Polícia Nacional.
A Turma do Apito não pode substituir o Decreto Presidencial n.º 36/24, que regula o funcionamento dos conselhos de vigilância comunitária.
POR:José Zangui