Acriação da Liga de Futebol Profissional em Angola tem sido projectada há anos, contudo sem resultados palpáveis.
A evolução do futebol depende de um equilíbrio complementar entre as ligas domésticas e as competições de clubes da CAF.
Na minha opinião, a futura liga deve defender um modelo de competição aberta, em que a qualificação para as competições africanas de clubes é definida pelo desempenho anual nas provas nacionais.
As competições domésticas representam a essência da paixão dos adeptos de futebol, graças ao seu formato único que permite que as suas equipas compitam internamente primordialmente nos fins de semana, levando euforia aos quatro cantos do país.
Uma futura liga com a nossa realidade sociológica, deverá primar pelos valores da Credibilidade, Agregação, Talento e Espetáculo na organização, em cada época desportiva, das grandes competições sustentadas pela excelência do futebol praticado, servindo como plataforma de talento que projecta e exporta alguns dos melhores talentos da modalidade.
A Associação Nacional de Clubes Angolanos de Futebol (ANCAF) está a preparar o lançamento da liga profissional de futebol masculino há vários anos, agendada para começar a época passada, voltou entretanto a ser adiada.
Isto apesar de ter sido assinado um Memorando entre as partes em Outubro de 2023, que deu à ANCAF poderes para poder recolher patrocínios para organizar a competição, e onde a federação se comprometia a delegar competências para esta organizar a Liga de Futebol Profissional de Angola.
Agora estou ainda mais pessimista no projecto, já que os idealizadores da liga de clubes, decidiram “assaltar” a FAF, formando uma lista para concorrer às próximas eleições do órgão reitor do futebol angolano.
Que a ambição pessoal não suplante a vontade de uma Nação que sonha com dias melhores para o seu futebol, que é um grande factor de agregação e patriotismo.
Por: Luís Caetano