Na ordem de serviço número 1872, a direcção do Hospital Geral de Benguela diz ter tomado conhecimento de uma notícia, veiculada por este jornal e vitalizada nas redes sociais, que dava conta de um alegado erro médico, na base de uma reclamação feita pelo encarregado de educação João Domingos, concernente a uma criança atendida nos serviços pediátricos daquela unidade hospitalar.
No documento, o director-geral, Divane Marcolino, apega-se à Lei número 26/22 (Lei de Bases da Função Pública), por via do seu artigo 122, para determinar a instauração de um inquérito, conduzido pela Comissão de Ética e Disciplina, que tem à cabeça o Doutor Jorge Frederico Gaspar Cachuco, e integrada também por Ismael João Tchipalanga, João Caratão, Moniz Eduardo, Evaristo Ernesto, Marisa Leonor Gaspar André e Adriano João Afonso.
“Com uma duração não superior a oito dias”, a contar de 27 de Setembro, dia que se lavrou o documento e entrou em vigor.
No entanto, o porta-voz do Hospital Geral de Benguela, Júlio Brito, assegurou, numa curta conversa com este jornal, via telefónica, que, tão logo se conheçam os resultados, a direcção vai cuidar de os tornar público.
Recorde-se que o cidadão João Domingos, pai de uma menina 8 anos, acusou, recentemente, a equipa médica do Hospital Geral de Benguela de um alegado erro médico, que resultou na amputação de uma das mãos da filha.
O progenitor conta que ela deu entrada naquela unidade hospitalar com um quadro clínico a indicar febre «tifóide avançada» e, em função do quadro, especialistas teriam sugerido uma intervenção cirúrgica. Hoje, para além da mão, a menina perdeu a fala e a mobilidade.
De acordo com o progenitor, duas semanas depois de ter sido operada, à menina foilhe dada alta médica e o pai levalhe de volta a casa, onde permaneceram por alguns dias.
Ao fim de três dias em casa, ela teve uma recaída, obrigando o pai a recorrer à unidade sanitária mais próxima de casa, tendo ido parar ao Hospital Municipal de Benguela, no bairro do 71.
Nessa unidade, é socorrida no sector de atendimento a casos urgentes. Tendo a equipa médica constatado que ela vinha de uma intervenção cirúrgica, decidiu encaminhá-la, tal era o quadro preocupante, para o hospital de onde tudo tinha começado, o HGB. E o pai pede que se apure sobre o que, efectivamente, terá acontecido.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela