O director Nacional das Telecomunicações e Tecnologia de Informação, Matias Borges, reafirmou o compromisso do governo em consolidar a liberalização do mercado de Banda Larga, promovendo a concorrência e o fomento da partilha de infra-estrutura de comunicações electrónicas.
O governante, que falava na abertura da 3.ª edição do Programa “SER Digital“, um certame promovido pela Academia BAI, referiu ser pretensão do Estado maximizar a eficiência de redes, na redução de custos e eliminar barreiras no mercado.
Matias Borges sublinhou que o fenómeno da utilização das TIC abrange, amplamente, as sociedades e desempenha um papel impulsionador, e de guia, para proporcionar igualdade de oportunidade aos cidadãos e facultar uma abordagem harmonizada.
“O sector tem desenvolvido iniciativas voltadas a capacitação dos cidadãos na utilização da Internet e no acesso às plataformas de modo positivo, informado e seguro,” apontou.
Quanto às transformações digitais registadas a todos os níveis, referiu necessitarem de alguns pilares como infra-estruturas, processo, governo, regulação e pessoas, nesta senda, falou dos projectos que começaram a ser implementados para a melhoria da rede Nacional de Banda Larga e expansão dos serviços de comunicações nos municípios e comunas.
A nível daquelas que são as acções, fez saber que neste momento o governo tem vindo a implementar vários projectos, sendo alguns ligados à economia nacional com o foco na digitalização, olhando para a harmonização de todos os países da SADC.
Seguindo aquelas que são as orientações da União Internacional das Telecomunicações, adiantou que o executivo já começou a implementar o projecto da rede nacional de Banda Larga que vem trazer uma robustez nas infra-estruturas existentes desde 2010.
O responsável, referiu que as infra-estruturas beneficiaram de intervenções para o melhoramento e ampliação, o que impulsionou o projecto da rede nacional de Banda Larga, já em curso, para o conhecido “ Conecta Angola”.
Matias Borges afirmou que a ferramenta digital vai ajudar nos serviços da administração do Estado, ligados às finanças, justiça, segurança, especialmente devido o registo de alguns problemas de segurança, tanto no trânsito, assim como na segurança a nível da via pública.
Na sua óptica, é necessário uma conjugação de esforços, desde o líder até ao elemento básico da empresa, para que a transformação e mudança de mentalidade seja uma acção impulsionadora neste processo. “Todos eles devem estar interligados para que isso aconteça, se assim não for, ainda que se invista na transformação digital, não será possível obedecer.”, disse.
A iniciativa da Academia BAI enquadra-se no Programa “O SER Digital” e tem como objectivo promover um diálogo estratégico sobre as tendências tecnológicas e a inclusão digital, essenciais para que Angola acompanhe as mudanças globais na área da transformação.
O certame propõe-se a ser uma plataforma de conhecimento e partilha, desafiando as organizações empresas e a sociedade em geral a adoptar uma postura inovadora aprendizagem e crescimento contínuo, impulsionando a sociedade angolana para o centro das transformações tecnológicas.
Durante dois dias de debates e partilha desconhecimento, “O SER Digital” vai contar com a presença de especialistas de renome que abordarão temas cruciais como a digitalização dos serviços financeiros, a liderança digital, inclusão de profissionais na nova economia digital, bem como o impacto das novas tecnologias nas empresas, na economia e na vida quotidiana dos cidadãos angolanos.