O relvado é a primeira coisa que os adeptos reparam quando entram no estádio, e é também a primeira coisa a qual os jogadores se queixam quando perdem um jogo.
E uma vez que os eventos não futebolísticos são importantes para o retorno do investimento dos estádios, a qualidade do relvado é também importante nesta perspectiva. Por outras palavras, o relvado é um activo vital do negócio.
O futebol actual não dá mais margem para relvados abaixo do nível, com alguns deles a fazerem até parte do cenário angolano.
Há anos que jogar em campos sem as mínimas condições se tornou normal, até uma outra mentalidade aparecer.
Uma visão mais profissional, que não permite espaços para algumas situações amadoras. Isto na teoria é sempre possível inverter, mas na prática não é bem assim.
Ano após ano, inspecções após inspecções, continuamos infelizmente a assistir à incompetência ou ao compadrio na validação da prática do futebol ao mais alto nível em estádios com um relvado em mau estado de conservação.
Quando surge uma vaga de lesões numa equipa de futebol, muitas vezes se questiona o porquê destas estarem a acontecer em maior número.
Desde a falta de flexibilidade dos atletas, elevado número de jogos, intensidade dos treinos, etc. etc., são muitas vezes apontados como a causa do elevado número de lesões. Em muitos casos, o estado do relvado é o verdadeiro vilão.
A regra básica é que se precisa de um bom relvado para a prática de bom futebol. Trata-se do mínimo e obrigatório, com a responsabilidade a ser dos clubes e da gestão dos estádios que devem ter os recursos para atender aos padrões exigidos.
A relva sintética e a sua popularidade estão em crescimento, e é cada vez mais utilizada em diversos espaços, desde escolas, recintos desportivos, jardins residenciais, por todo o mundo e em todos os climas, com todas as suas vantagens, desvantagens e garantias.
A relva artificial ou sintética é uma solução com uma manutenção que não apresenta dificuldades, é resistente e não sofre com as alterações climatéricas.
Essa é uma vantagem clara em comparação com o que acontece com um relvado natural. Mas não é a única. E nem tudo são benefícios.
Resumindo, a evolução e competitividade do futebol doméstico em Angola estão também directamente ligadas à qualidade do relvado utilizado por atletas da formação ou de alta competição.
Por: Luís Caetano