A Secretaria Provincial da Saúde em Cabinda instituiu uma comissão de inquérito para apurar uma possível negligência médica na morte do médico José Manuel, ocorrido recentemente no Hospital Geral de Cabinda
O secretário provincial da Saúde em Cabinda, Rúben de Fátima Buco, disse, à imprensa, que o assunto está a ser tratado interna- mente, recusando-se a prestar mais detalhes sobre a situação.
“Nós ouvimos através das redes sociais e, em respeito à família, não vamos aqui fazer referência ao caso”, disse, assegurando que “já foi criada um comissão de inquérito que está a trabalhar e devemos esperar pelos resultados do mesmo”.
O jornal OPAÍS procurou, igualmente, junto da direcção do Hos-pital Geral de Cabinda, obter as reacções sobre o assunto. Essa unidade sanitária é acusada de negligência médica na morte do paciente e médico José Manuel. De uma pessoa bem posicionada na direcção do hospital recebemos o seguinte pronunciamento, via WhatsApp: “Bom dia, caríssimo. De minha parte nada a dizer.
Os meus colegas do Hospital Provincial, e não só, conhecem o pro- cesso melhor do que eu”. Acrescentou de seguida que “ninguém disse nem dirá que o nosso companheiro combateu um bom combate e perdeu pelo Câncer que vinha há mais de três anos de evolução em estado terminal.
Muita força. Estamos juntos. Aquele abraço”. Em relação à morte do médico José Manuel, a ex-secretária provincial da Saúde em Cabinda, Carlota Tati, afirma acreditar que resultou de “uma grande negligência” para um colega que já andava doente há bastante tempo e que estava muito debilitado. Numa nota de repúdio, que vazou nas redes sociais, Carlota Tati desabafou que “já sabia que havíamos de cair nessa.
Se hoje foi com o doutor José Manuel amanhã pode ser comigo ou com qualquer outra pessoa. Esse hospital tem essas atitudes e o povo reclama muito do seu funcionamento”.
A médica Carlota Tati, que já exerceu o cargo de responsável máximo do sector da Saúde nesta província, actualmente colocada no Hospital Provincial de Cabinda (HPC), manifestou um profundo desapontamento com a morte do seu colega e alegou que o HGC se caracteriza como uma unidade sanitária de propaganda que mistura a saúde com a política.
POR:Alberto Coelho, em Cabinda