Um adolescente de 14 anos de idade espancou até à morte um menor de 8 anos e abandonou o corpo num matagal, no Sequele, por alegadamente a vítima, com frequência, o tratar de marginal e gay
O caso, que viralizou na internet, sendo vítima o menor de 8 anos de idade, que em vida atendia pelo nome de Feliciano Diogo Neto, foi esclarecido pelo Serviço de Investigação Criminal em Luanda, na segunda-feira, 9 de Setembro.
Feita a autópsia, foi possível determinar que a causa de morte foi traumatismo craniano, resultante da agressão com objecto contundente, descartando-se a hipótese de ter sido com recurso à arma de fogo, conforme se propalou nalguns meios de comunicação.
“No seguimento das diligências, determinou-se que o crime foi protagonizado por um outro menor, de 14 anos de idade, por sinal vizinho da vítima que, alegadamente, costumava a lhe tratar por marginal e gay, seguindo o que os mais velhos do bairro diziam”, disse Emanuel Capita, porta-voz interino do Serviço de Investigação Criminal em Luanda.
Os factos ocorreram às 18 horas do dia 1 do corrente mês, num matagal, na zona do Sequele, arredores das residências de ambos. Naquele perímetro, o SIC cons tatou a existência de câmaras de vídeo vigilância da empresa Afrimark, localizada próximo do local onde a vítima foi encontrada, que determinaram o esclarecimento do crime.
De acordo com Emanuel Capita, nas imagens cedidas pela empresa, observou-se que, depois de esbofetear a vítima, o implicado, sob efeito de droga, o arremessou contra um embondeiro e, de seguida, com um pau, bateu várias vezes na região craniana do infeliz, que conheceu a morte no local.
“Depois de contactos mantidos com os responsáveis da empresa, foi possível observar as imagens captadas que demonstram, claramente, a execução do crime”, realça Emanuel Capita. Sob mandado de detenção, no dia 5 de Setembro, o implicado em causa foi detido, sendo que confessou o crime sob a justificativa de sofrer discriminação no seio da vizinhança.
Avança Emanuel Capita que, seguindo os passos legais, o mesmo será presente ao Ministério Público para audição preliminar e de seguida ao julgado de menores para aplicação das medidas subsequentes.
POR:Stélvia Faria