Além de serem insuficientes, o administrador local lamenta igualmente o facto de as referidas verbas, avaliadas em 25 milhões de kwanzas/mês, registarem atrasos na sua alocação, o que complica ainda mais a execução das acções programadas
Os 25 milhões de kwanzas/mês, que é destinado ao Programa de Combate à Pobreza, está a dificultar a implementação de acções a nível do município do Soyo, província do Zaire, a julgar pelos níveis de problemas sociais que a localidade enfrenta.
O “grito de socorro” foi dado ao jornal OPAÍS pelo administrador municipal do Soyo, José Mendes Belo. Além de ser insuficiente, o responsável disse, igualmente, que, embora seja um valor com a definição de aplicação mensal, o mesmo tem registado atrasos, o que complica ainda mais a execução das acções programadas.
“Embora seja um valor mensal, podemos ficar quatro a cinco meses, e só depois é que recebemos os referidos valores”, apontou. Para o administrador, os 25 milhões de kwanzas é um valor que, frisou, “certamente não é suficiente para fazer face às necessidades das populações”.
Entretanto, referiu que, em função desta insuficiência, já se tem tratado com os órgãos centrais do Executivo a possibilidade do aumento das verbas para dar respostas às prementes preocupações locais.
“Já temos vindo a tratar, ao nosso nível, administradores municipais, governadores provinciais e os ministérios liga- dos ao programa, no sentido de se poder subir essa fasquia. E está-se a trabalhar neste sentido, e brevemente poderemos ter algumas soluções”, explicou.
Todavia, não havendo recursos suficientes, José Mendes Belo disse que, com as dificuldades de implementação de alguns programas, ainda assim, a sua administração não está de braços cruzados e que tem vindo a implementar alguns projectos de impacto local.
Edefinição de prioridades
Conforme referiu, no âmbito da operacionalização deste programa, está em curso a redefinição das acções, sendo que o sector da saúde e educação são os que mereceram prioridade absoluta, abrangendo um efectivo acima de três mil pessoas.
No que a saúde diz respeito, o responsável local apontou a reabilitação e construção de postos de saúde, bem como a distribuição de água. Já para o sector da educação, apontou o programa de distribuição de merenda escolar e a reabilitação de escolas.