Se dúvidas houve, o MPLA, partido que suporta o Executivo, esclarece os propósitos que vão nortear o congresso extraordinário de Dezembro e reafirma a continuidade dos órgãos de direcção
O secretário do Bureau Político para Informação e Propaganda do MPLA, Esteves Hilário, esclareceu que o congresso extraordinário do partido, agendado para Dezembro deste ano, estará focado na reflexão interna e sobre os 50 anos de independência do país, sem renovação de mandatos ou eleição de novos membros para o Comité Central, cujo mandato actual se estende até 2026.
Em declarações a este jornal, o secretário para Informação do MPLA, Esteves Hilário, fez saber que o congresso extraordinário do partido, previsto para o último mês do ano, será exclusivamente dedicado à discussão da vida interna do partido e à reflexão sobre os 50 anos de independência do país, a ser assinalado a 11 de Novembro de 2025.
Segundo Esteves Hilário, o congresso não será uma ocasião para renovar mandatos ou eleger novos membros para o Comité Central, destacando que, conforme os estatutos do MPLA, o órgão máximo entre os congressos ordinários é o Comité Central, que tem mandatos de cinco anos.
Assim, os membros eleitos em 2021 permanecerão em funções até 2026. O secretário para Informação do MPLA sublinhou que “nos congressos extraordinários, não se renovam mandatos, ou seja, não há entradas nem saídas no Comité Central”.
Portanto, disse, “qualquer especulação sobre a indicação de um candidato para as eleições de 2027 é prematura. As eleições estão ainda longe, não é o momento de falar disso”, concluiu.
Este esclarecimento surge ao propósito da comunicação do presidente do MPLA, João Lourenço, durante a abertura do Encontro Nacional com os primeiros-secretários dos Comités de Acção do Partido (CAP), quando fez alusão de que “este ano vamos realizar ainda o Congresso Ordinário da JMPLA e o Congresso Extraordinário do MPLA que, como é óbvio, não terá renovação de mandatos, eventos de relevante importância para o nosso partido na actual conjuntura nacional e internacional que se vive”.