A presente edição do festival juntou aproximadamente três centenas de crianças, que mostraram o seu talento na área da dança, música, poesia, teatro e artes plásticas, no palco do Palácio de Ferro, durante os três dias de evento, que encerou no domingo, 25
O grupo infantil Horizonte Njinga Mbandi, a Companhia de Arte e Sol, o Colembe Teatro, os Filhos da Mesma Mãe, as Estrelinhas da Precol, as Estrelinhas do Morro Bento e o grupo Bangawé estiveram presentes no festival, onde apresentaram as suas artes a uma plateia composta por cerca de dois mil espectadores, entre crianças e adultos, durante os dias de realizações.
Outras apresentações individuais abrilhantaram ainda o evento nestes dias, nas várias disciplinas artísticas, muitas delas solicitadas no momento em que decorria o festival.
Solanje Feijóo, a mentora do projecto, contou que, dos 250 talentos que pretendiam apresentar, por conta das solicitações, tiveram aproximadamente 300 participações. Muitos dos participantes, com projectos individuais e colectivos, provenientes dos vários municípios de Luanda, avançou, viram o palco do festival como oportunidade única para a realização dos seus sonhos, na área da dança, música e poesia.
O festival correu bem, sem sobressaltos. Correspondeu à nossa expectativa, também de muitos que lá estiveram. Nós recebemos alguns pedidos na hora. Como o nosso lema é não deixar a criança de fora, houve espaço para mais crianças poderem participar. Houve grupos numerosos de teatro”, disse a mentora do projecto.
Nova data
Solanje Feijóo enaltece o facto destas participações, tanto das crianças que estiveram em palco como daquelas que assistiram ao espectáculo durante estes dias, que observa resultar da compreensão da relevância do evento por parte dos encarregados de educação.
De igual modo, analisa que a mudança da data para a realização do festival, de Dezembro para Agosto, tenha também contribuído na adesão ao evento, por este acontecer numa altura em que os alunos se encontram de pausa escolar.
“Algumas crianças vieram da zona da Boavista, só para acompanhar o festival, porque estão de férias. Penso que este ano as pessoas gostaram de estar no Palácio de Ferro, tem um verde e amarelo a contrastar e um ar fresco por causa das árvores.
Acabamos por fazer uma boa escolha do local do evento. Tivemos maior adesão, apesar de que na LAASP também tivemos o mesmo número de assistência e maior número de crianças em palco”, sublinhou.
A homenagem
O acto ocorreu na ausência da homenageada, a cantora Nila Borja, que se encontra no exterior do país. Representada pelo irmão, Celso Borja, entre outros, foi-lhe atribuída uma menção honrosa.
Feliz com o gesto, no áudio de agradecimento enviado, a cantora disse sentir-se feliz pela homenagem, fazendo votos para que o festival tenha corrido conforme as expectativas.
“Obrigada à Companhia de Arte e Sol, especialmente à Solange Feijóo, pelo contacto e acompanhamento de toda a actividade. Obrigada às crianças que se fazem presentes, obrigada pelo prémio e pela homenagem.
Que a actividade tenha corrido bem. Que o festival se repita todos os anos, ou pelo menos sempre que possível. Um bem-haja a esse tipo de atitudes, de ideias e de actividades”, enalteceu.
Na próxima edição
Solanje Feijóo projecta, na próxima edição, por sinal a V, em 2025, celebrar os cinco anos do festival. De igual modo, os 50 anos de Independência Nacional, que vai ser assinalado a 11 de Novembro do próximo ano.