O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reafirmou, ontem, o seu apoio a Israel e defendeu a “estabilidade regional”, após a escalada de ataques cruzados entre o Exército de Telavive e o grupo xiita libanês Hezbollah.
Biden, que se encontra numa viagem familiar à Califórnia, “acompanha de perto os desenvolvimentos em Israel e no Líbano” e ordenou que altos funcionários estejam em comunicação contínua com os seus homólogos israelitas, disse, ontem, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Sean Savett. “Continuaremos a apoiar o direito de Israel de se defender e continuaremos a trabalhar pela estabilidade regional”, acrescentou.
O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, falou, entretanto, com o seu homólogo israelita, Yoav Gallant, para “discutir a defesa de Israel contra os ataques do Hezbollah”, segundo indicou o porta-voz do Pentágono (Departamento de Defesa), Pat Ryder.
Lloyd Austin “reafirmou o firme compromisso dos Estados Unidos com a defesa de Israel contra qualquer ataque do Irão e dos seus parceiros e representantes regionais”, disse o mesmo representante.
O Hezbollah iniciou, ontem, a sua retaliação pelo assassinato do seu principal comandante, Fuad Shukr, lançando centenas de ‘rockets’ e ‘drones’ contra o Norte de Israel, depois de quase um mês de tensão e com ambos os países na iminência de uma guerra aberta.
A formação libanesa (pró-iraniana) concluiu a operação “por hoje” e disse que se trata de uma “primeira fase” da resposta à morte de Shukr, atingido por um bombardeamento israelita contra um edifício nos subúrbios a Sul de Beirute.
O início da resposta do Hezbollah ocorreu após 72 horas de intensos bombardeamentos israelitas em vários pontos no Líbano, no que descreveu como ataques preventivos.
A crise entre Israel e o grupo libanês encontra-se no seu pico mais elevado desde 2006, com trocas de tiros diárias nas regiões fronteiriças dos dois países desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita em 7 de Outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.