O Hezbollah libanês reivindicou, ontem, os ataques contra duas posições militares no Norte de Israel e afirmou ter repelido uma infiltração de soldados israelitas perto da fronteira, no Sul do Líbano
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, lançada por Israel, a 7 de Outubro de 2023, em retaliação ao ataque do Hamas em solo israelita no mesmo dia, as trocas de tiros transfronteiriças entre o Hezbollah e Israel têm sido quase diárias, com o movimento pró-iraniano a atacar Israel como apoio ao seu aliado Hamas.
Mas os receios de um envolvimento regional têm sido elevados desde o ataque israelita que matou um líder militar do Hezbollah no seu reduto nos subúrbios ao Sul de Beirute, no final de Julho, poucas horas antes do assassinato do líder do Hamas em Teerão, atribuído a Israel.
O Irão e o Hezbollah prometeram retaliar. O movimento libanês anunciou, ontem, que realizou um ataque aéreo com “’drones’ carregados de explosivos” contra duas posições militares israelitas – um quartel perto da fronteira e uma base perto da cidade costeira do Acre, localizada a cerca de 15 quilómetros da fronteira.
Este ataque surge em resposta a um assassinato israelita na região de Tiro, Sul do Líbano, segundo o grupo, que anunciou a morte de um dos seus combatentes no Sábado No Sábado, o exército israelita anunciou que a sua força aérea tinha eliminado um membro do Hezbollah na região de Tiro, dizendo que se tratava de um comandante da unidade de elite AlRadwan.
Durante a noite de Domingo para ontem, o Hezbollah também afirmou ter repelido com mísseis e artilharia um grupo de soldados israelitas que se tinham infiltrado em território libanês perto da fronteira.
Desde Outubro, a violência entre Israel e o Hezbollah fez pelo menos 582 mortos no Líbano, principalmente combatentes do movimento islâmico, mas também pelo menos 128 civis, segundo uma contagem da Agência France Presse. Em Israel e nas Colinas de Golã sírias ocupadas por Israel, 22 soldados e 26 civis foram mortos, segundo as autoridades israelitas.