Depois de ter sido admitido pelo Tribunal Constitucional à pléiade de formações políticas com respaldo legal, o partido Iniciativa de Cidadania para o Desenvolvimento de Angola, vulgo “Cidadania”, manteve o primeiro contacto com o público através de um documento designado “Carta à Nação”, ao qual OPAÍS teve acesso
A missiva, com um total de 34 pontos, espelha, entre outros assuntos, que se trata de um novo projecto político não centrado na lógica de luta de poder, resultante das diferenças político-ideológicas dos tradicionais partidos de libertação nacional, mas no advento da assumpção por todos do primado da cidadania ao invés da militância.
Para este novo ente, qualquer força política que pretenda no futuro liderar mudanças no país, precisará de vencer a desilusão nos cidadãos, sobretudo aos jovens, terá de resgatar o chamado sonho angolano, assim como fazer caminhar a roda do círculo virtuoso do crescimento económico.
O projecto Cidadania, como pode ler-se no documento, tem como linha orientadora e ideológica os princípios básicos de cidadania assentes nas dimensões civil (liberdade e igualdade), social (trabalho, saúde, educação, instrução profissional e reforma garantida), económica (segurança alimentar, acesso aos meios de vida e de bem-estar) e política (liberdade de expressão, de associação e integração na sociedade civil e direito ao voto por sufrágio universal).
Na mesma senda, referem que, por se tratar de uma força política saída da sua gestação, nos próximo tempos e até à realização da sua primeira Convenção Nacional, dará os passos necessários para o estabelecimento de metodologias de admissão e registo dos seus associados, das regras éticas, de conduta e da operacionalização dos órgãos representativos provinciais e nacionais.
O Cidadania assume-se como sendo resultado de uma reflexão e diagnóstico profundo da realidade sócio-política actual e da projecção de soluções capazes de retirar o país do marasmo em que supostamente se encontra, como também resulta do desejo de