Uma vez que o ano lectivo 2023/2024 terminou no mês de Julho e avizinha-se o novo ano lectivo, urge a necessidade de se avaliar as fraquezas e forças do ano que terminou. É notório, por via de vários canais de informação, verificar cidadãos afirmando que o sistema de educação e ensino angolano não tem qualidade ou é um sistema retrógrado.
O que leva muita gente descrever o sistema de educação e ensino como sem qualidade ou falhado, em meu entender, é o facto de haver poucos estudantes a apresentar o brilhantismo académico quando são chamados para resolver um problema da área de formação, sobretudo.
Por outro lado, olhando para as classes iniciais, o índice de pessoas com menos habilidades na escrita e na oralidade tem sido um dos motivos desta afirmação.
Tendo estes pressupostos e no âmbito das reflexões sobre o processo de ensino-aprendizagem em Angola, sobretudo no ensino da Língua Portuguesa, trouxemos à baila a possibilidade de se inserir a produção de portfólio como instrumento de avaliação nas nossas escolas.
Entretanto, se entendermos que o objectivo da escola é ensinar o aluno a pensar, dando-lhe tratamento cuidadoso para o desenvolvimento de competências e habilidades, então, o uso do portfólio é necessário nas escolas.
Embora, na realidade angolana, não seja comum o uso de portfólio como instrumento de avaliação de grande valor formativo e reflexivo nas aulas. Entendemos que a inserção do portfólio nas escolas seria uma forma de potencializar os alunos/estudantes, dar alguma liberdade de reflectir de forma crítica os conteúdos aprendidos e, para os professores, seria também um instrumento de medida da qualidade dos conteúdos ensinados. Por outro lado, produzindo um portfólio, estaremos a exercitar as habilidades de escrita por parte dos alunos/estudantes.
Por: ANTÓNIO KUTEMA