Dos clubes ouvidos pelo jornal OPAÍS, a respeito do Regime de Protecção Social Obrigatória dos praticantes desportivos, apenas o Wiliete de Benguela é o único que afirmou que tem jogadores inscritos há mais de dois anos. Os demais prometeram fazê-lo o mais breve possível na temporada que se avizinha. Outros “fintaram”, preferindo o silêncio
Muitos jogadores, depois de terminarem a carreira, embrulham- se em situações precárias, em virtude da má gestão dos recursos financeiros que ganharam dentro das quatro linhas durante anos e anos.
E como o Regime Jurídico de Protecção Social Obrigatória dos Praticantes Desportivos (DP n.º 86/22, 12 Abril) não existia, a situação dos atletas que terminavam a carreira aumentou mais ainda.
Actualmente, centenas de ex- praticantes vivem em condições de extrema penúria e curiosamente alguns acabar por obter o estatuto de antiga estrela pedinte para continuarem a viver.
Por isso, custa acreditar que jogadores que brilharam ao serviço de clubes grandes clubes, Selecção Nacional, têm que andar à procura de apoios para suprir as necessidades básicas.
No entanto, esta situação tem os dias contados, e somente o Wiliete de Benguela é que assumiu que conta com atletas inscritos na segurança social obrigatória há mais de dois anos.
Assim, os clubes ouvidos por este jornal, nomeadamente Académica do Lobito, Grupo Desportivo Isaac de Benguela e Santa Rita de Cássia do Uíge garantiram que vão inscrever os atletas no sistema de proteção social obrigatório nos próximos dias. Além disso, entendem que se deve valorizar quem alguma vez fez do desporto-rei o seu ganha-pão.
Asseguraram que, neste momento, têm vindo a criar condições para materializar o processo que vai conferir credibilidade no desporto nacional. O Petro de Luanda, 1.º de Agosto, Interclube, Bravos do Maquis e o Libolo dignaram-se a “fintar” o jornal OPAÍS quanto ao assunto ligado à protecção social obrigatória dos praticantes desportivos.
POR:Kiameso Pedro