A garantia foi dada pelo ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, na província do Cunene, tendo dito que o programa está a impactar a vida de muitas famílias que, em diversas partes do país, estão a contribuir para o fomento da produção nacional
De acordo com o ministro, o Executivo angolano pretende, cada vez mais, acelerar a agricultura familiar. Por esse facto, frisou, foi criado o Programa de Aceleração da Agricultura Familiar e Reforço da Segurança Alimentar, aprovado em Junho do ano passado.
O programa está orçado em 85,87 mil milhões de kwanzas, que serão utilizados durante o período de 2023 até 2026. Esses recursos são disponibilizados pelo Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrícola (FADA).
Segundo António Francisco de Assis, a aceleração está a ser feia com o processo de disponibilização de equipamentos mais avançados às populações, substituindo assim os utensílios tradicionais, para que a actividade agrícola das famílias tenha uma maior sustentabilidade e aceleração da produtividade.
“Queremos que, com a venda dos seus produtos, as populações posssam ganhar o seu dinheiro e, desta forma, indo resolvendo aqueles que são os principais problemas”, destacou.
De acordo ainda com António Francisco de Assis, neste programa se está a trabalhar, essencialmente, com as famílias e com as cooperativas, sobretudo aquelas que têm as caixas comunitárias instaladas.
Conforme referiu, as caixas comunitárias são um mecanismo que hoje estão a permitir as famílias obterem financiamento de uma forma mais célere, e sem burocracia.
O Governante disse que o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) é o principal elemento impulsionador desse Programa de Aceleração da Agricultura Familiar e Reforço da Segurança Alimentar.
Explicou que fazem ainda parte o Instituto de Desenvolvimento Agrário e a colaboração do Instituto Nacional do Emprego e Formação Profissional (INEFOP), através do processo de assistência técnica e formação às famílias e cooperativas envolvidas nesta operação.
“Já foram realizados cursos em várias províncias, onde, com o apoio do INEFOP, muitos jovens foram formados nas áreas de mecânica, operação de máquinas e manutenção dos equipamentos”, apontou.
Acesso aos recursos
O ministro precisou ainda que as comunidades só têm acesso aos recursos depois desta assistência técnica das instituições referidas, de formas a permitir e garantir que os valores sejam canalizados da melhor forma.
“É um programa que já começamos a desenvolver. Já temos muito bons resultados em algumas províncias, como Huambo, Bié, Namibe e outras. Muitas famílias também já foram financiadas no âmbito desse projecto”, destacou.
Resultados positivos
O governante realçou ainda que, no âmbito da operacionalização do Programa de Aceleração da Agricultura Familiar e Reforço da Segurança Alimentar, está a ser possível alcançar resultados positivos que estão a melhorar a vida das comunidades locais.
Conforme referiu, o Executivo está satisfeito pela forma como o programa está a ser executado, a julgar pelo empenho das famílias na melhoria da produção nacional e no desenvolvimento agrícola de várias regiões.
“Inclusive, estamos a ver muitas regiões, em que não era comum as pessoas dedicaremse à agricultura, hoje a trabalharem no campo. É uma realidade que está a acontecer pelo país todo.
E o que temos de fazer é continuar neste caminho, porque nós vamos mesmo vencer”, assegurou. O ministro divulgou esses dados à imprensa no final da primeira reunião anual do Conselho de Governação Local, dirigida pelo Presidente da República, João Lourenço. Participaram da referida reunião os 18 governadores provinciais do país e membros do Executivo, entre ministros e secretários de Estado