O actual presidente venezuelano Nicolás Maduro conquistou o seu terceiro mandato após vencer as eleições venezuelanas nesse Domingo (28). Com a vitória, ele governará o país até 2031.
A posse do terceiro mandato está marcada para Janeiro do próximo ano. De acordo com os resultados apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), Maduro obteve 51,2% dos votos expressos, enquanto o adversário Edmundo González ficou em segundo lugar com 44,2%.
As eleições tiveram início às 06h00 (horário local, 07h00, horário de Brasília) e as urnas fecharam às 18h00 (23h00, horário de Luanda). Cerca de 21.321.783 cidadãos estavam aptos a votar em dez candidatos que disputavam o pleito.
Os resultados oficiais foram divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. Além de Maduro, disputaram o pleito: o candidato oposicionista Edmundo González; Benjamín Rausseo; Antonio Ecarri; Daniel Ceballos; Luis Eduardo Martínez; José Brito, Claudio Fermín; Javier Bertucci; e Enrique Márquez.
Maduro votou pela manhã e destacou a tranquilidade do pleito, afirmando que as eleições foram realizadas com respeito e sem ataques. “Houve paz, não houve sequer uma bofetada num candidato. É assim na América Latina? Não. Há países onde houve candidatos assassinados […].
[Na Venezuela] não houve sequer um incidente. [Foi] um evento gratuito, campanha eleitoral aberta”, destacou após a votação. O clima de tranquilidade também foi confirmado por observadoras internacionais consultadas pela Sputnik Brasil, nesse Domingo (28).
Mônica Valente, secretária de relações internacionais do Partido dos Trabalhadores (PT), afirmou que “tudo estava muito tranquilo”, disse que havia “grandes filas de pessoas à espera para votar, mas tudo em paz”.
Por sua vez, Amanda Harumy, professora de relações internacionais do Centro Universitário Fundação Santo André (FSA), que viajou para a Venezuela para actuar como observadora do pleito, afirmou que tudo ocorreu bem. Ela contou que percorreu vários pontos de votação e considerou tudo bastante organizado.
“Fomos a um bairro periférico, a algumas escolas. Uma eleição tranquila, bem mobilizada, bastante gente nas filas para votar, bem organizada. Não tem nenhum aspecto de tensão, de briga, está bem tranquilo. Acho que a preocupação é mais nessa perspectiva do reconhecimento do resultado para fora da Venezuela. O processo de instabilidade é mais fora da Venezuela do que dentro”, afirmou.