À coordenação do jornal OPAÍS, saudações e óptima segunda-feira! Os taxistas de Luanda, alguns sendo malandros ou não, no exercício das suas funções, prestam um serviço público de realce.
Por ser um grupo de gente com mais liberdade a trabalhar, por incrível que pareça, o motorista, o cobrador e os outros auxiliares, como os “lotadores”, aqueles que chamam as rotas nas paragens, têm uma linguagem própria.
Por esta razão, sempre que são autuados na via pública por um agente regulador de trânsito, o cobrador “grita”, no interior da viatura, “mais um goloso”.
E normalmente um ou mais passageiros questionam: ’goloso’? Como assim? Lá o cobrador responde: meu kota, por mais que tenhas a documentação completa, o ‘goloso’, neste caso o agente, te papa sempre um mil ou 2 mil kwanzas, – por isso os chamamos golosos.
Entre outros factos decorrentes, a relação dos taxistas e os agentes reguladores de trânsito é de amor, porque, no final do dia, todos saem a ganhar e sem quaisquer reclamações, e o mais engraçado é que cruzam também nas casas de almoço, conversam e bebem na boa paz.