O Chefe do Governo e Primeiro Ministro da República de Portugal, foi recebido pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, nesta manhã, no primeiro Parque Fotovoltaico em Benguela.
Durante a sua visita ao empreendimento, o governante português assinou o livro de honra, tendo manifestado nele a sua satisfação por ser um empreendimento executado por uma empresa portuguesa.
“É com enorme satisfação que visito hoje este parque fotovoltaico do Biópio, uma obra executada pela MCA e que é uma demonstração da capacidade técnica e de realização das empresas portuguesas em Angola.
O conhecimento e a experiência que Portugal adquiriu na área de energias renováveis tem aqui um bom exemplo de internacionalização, investimento e de cooperação”.
De lembrar que a central fotovoltaica do Biópio, localizada na comuna com o mesmo nome, no município da Catumbela, é o maior projecto de energia solar para abastecer cerca de 1,2 milhões de pessoas em Angola e integra cerca de 509 mil painéis solares.
Ainda na província de Benguela, encontra-se o segundo parque fotovoltaico (solar) da Baía Farta, com a capacidade de 96 MWp, já injectado à rede eléctrica nacional para beneficiar meio milhão de consumidores, sendo composta por cerca de 261 mil painéis solares.
Os dois parques fazem parte de um conjunto de sete, com uma capacidade total de 370 MWp, nas províncias do Huambo, Bié, Lunda-Norte (em Lucapa), Lunda-Sul (em Saurimo) e Moxico (no Luena), alguns já em operação, faltando o do Bailundo (Huambo) de 7MWp, Cuíto de 14,5 MWp e a do Lucala de 7MWp, respectivamente, que deverão ser concluídos proximamente.
No seu conjunto, os sete parques solares foram desenvolvidos em conjunto por um consórcio internacional composto pelas empresas MCA e Sun África, estando a componente de engenharia e a respectiva construção a serem executadas pela MCA, permitindo fornecer electricidade renovável e limpa a cerca de 2,4 milhões de pessoas, contribuindo assim para a redução anual de emissões poluentes de cerca de um milhão de toneladas de CO2 (dióxido de carbono).
Os parques solares permitem ainda eliminar a necessidade de consumo de cerca de 1,4 milhões de litros de gasóleo em geradores e produção térmica, com efeitos fortemente poluentes e que permitirão uma poupança muito significativa nas importações.
Importa salientar que durante o período das obras, estiveram envolvidas mais de 200 mulheres, entre técnicas e administrativas.