Intitulada “Por Angola”, do artista Serpião Tomás, mais conhecido por Totó ST, vai receber uma quantia de 30 milhões de kwanzas, devendo a mesma ser produzida por uma gravadora escolhida pela organização do concurso e poderá contar com a participação de outros artistas.
Durante uma conferência de imprensa realizada na última sextafeira, 19, em Luanda, pelo Grupo Técnico da Comissão Interministerial para a Organização das Acções Comemorativas Alusivas ao 50.º Aniversário da Independência Nacional, a comissão anunciou também o vencedor de outra categoria, assim como os trenos e condições que os mesmos se vão reger doravante.
Feliz com a conquista, Totó ST referiu que, mais do que ganhar ‘algum dinheiro’, considera gratificante poder participar e colaborar na canção que vai servir para identificar todos os angolanos, de Cabinda ao Cunene.
O artista sublinhou que, nestes quase 30 anos de carreira, a presente canção foi uma das mais difíceis tarefas que já teve, por incluir nela vários ritmos musicais, como o quilapanga, massemba, tchianda, cantada em língua nacional.
“Estou muito orgulhoso disso, não só em meu nome, mas em nome da Maquelis, a empresa pela qual faço parte, que me tem dado suporte.
Tenho dito, em muitos encontros, que temos tido com algumas pessoas, que ao invés de querer que Angola faça por nós, chegou a hora de fazer por Angola”, disse o músico.
Vencedor da Logomarca
Na categoria de logomarca, a grande vencedora foi a empresa Ondaka Limitada, que vai receber uma quantia de 25 milhões de kwanzas.
Quanto à logomarca, Yara dos Santos, arquitecta da equida de Ndaka Comunicação, radiantes por terem participado no concurso e poder mostrar um trabalho de angolanos feito para angolanos, disse que incluíram neste distinto símbolos que representam as várias regiões do país.
“Nos procurámos mostrar neste trabalho, com pequenos símbolos de cada região, o que não ficou só por Luanda.
Procuramos de todas as cidades alguma coisa que o representasse, que falasse sobre o nosso país. Conseguimos, neste momento, mostrar qualidade no trabalho que realmente soam os 50 anos do país”, considerou.
Desta feita, segundo a organização, tanto a canção quanto a logomarca tornam-se assim patrimónios imateriais da República de Angola, cabendo exclusivamente ao governo angolano todos os direitos e benefícios autorais provenientes destas obras daqui para frente.
Mais de 80 propostas avaliadas Em declarações à imprensa, a coordenadora do Grupo Técnico da Comissão Interministerial, Teresa Cavienguele, disse que a sua equipa recebeu mais de 180 propostas de logomarca e mais de 20 propostas de letras e arranjos musicais, num período inferior a dois meses.
Em termos precisos, avançou que “foram 187 propostas de logomarca e 24 de letras e arranjos musicais para a canção oficial das celebrações”, sublinhando que o jurado deu o melhor de si para escolherem aquelas propostas que mais próximos estavam dos requisitos exigidos.
Membros do Jurado
Para a canção, o concurso teve como membros do júri Euclides da Lomba (presidente), Rosa Roque, Artur Neves, Gaspar Agostinho Neto, Filipe Mukenga e Dodó Miranda. Já na categoria de logomarca, o corpo do jurado esteve representado por Pedro Chissanga (presidente), Francisco Kisola, Francisco Longa, Álvaro Macieira e Manuel Ventura.
Actividades celebrativas arrancam em Novembro próximo
Sob-lema “Angola 50 anos: preservar e valorizar as conquistas alcançadas, construindo um futuro melhor”, as actividades celebrativas do 50.º aniversário da Independência Nacional vão arrancar em Novembro do corrente ano.
As actividades, segundo a comissão interministerial, vão estar focadas em três momentos cronológicos: “A luta contra a diminuição colonial e pela Independência Nacional”; “A conquista da paz e a salvaguarda da unidade territorial”; e a “Reconciliação nacional e a construção dos pilares para o desenvolvimento”, e vão ocorrer em todo o país.