O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, incentivou a classe empresarial a investir em projectos que visam a exportação de energia eléctrica para países vizinhos, como uma grande oportunidade de investimento e captação de divisas.
O governante informou, ontem, no Cuanza-Norte, que existe actualmente na África Austral uma procura “reprimida” de energia eléctrica, facto que pode ser aproveitado pelo empresariado para investir neste sector.
“O país vê com bons olhos e um sentido de oportunidades de ex- portar grande parte da produção que ainda não é consumida internamente”, frisou, João Baptista Borges, em declarações à Angop no Lucala, à margem da visita às obras de construção do novo sistema de abastecimento de água potável para a cidade de Ndalatando.
Segundo a fonte, a prioridade do Executivo angolano, em termos de projectos de investimentos públicos no sector, está actualmente focada na electrificação do país e distribuição da energia eléctrica à população.
Para o ministro, não se pode deixar que o sector privado perca a oportunidade com o seu investimento para levar o excedente da produção de energia em Angola a estes países, criando pontos de exportação do recurso que pode ser muito vantajoso para o país para captar divisas.
João Baptista Borges lembrou que Angola possui um potencial hidroeléctrico na ordem dos 18 mil megawatts, sete mil dos quais estão concentrados na bacia do médio Kwanza. “Estamos a falar em quase 50 por cento”, frisou.