O comissário-geral fez esta revelação ao intervir na cerimónia de abertura das Jornadas de Educação e Exaltação Patriótica da Polícia Nacional que decorre com o propósito de fortalecer os alicerces éticos, morais e patrióticos dos seus efectivos.
Arnaldo Carlos explicou que entre os temas que serão abordados na jornada, que vai decorrer até Novembro, o patriotismo é o mais relevante, por exprimir o sentimento de orgulho, amor e devoção à pátria, aos seus símbolos e ao seu povo.
Por outro lado, apelou aos directores, comandantes e chefes a todos os níveis no sentido de se engajarem com rigor e determinação na execução das acções programadas no âmbito das jornadas.
O director de Educação Patriótica da Polícia Nacional, comissário- chefe Rui de Oliveira Gomes, disse que as jornadas abrangem dois eixos fundamentais: a educação contínua e a exaltação permanente dos valores patrióticos, que devem nortear a actuação dos efectivos em todos os momentos.
Segundo Rui Gomes, as jornadas transcendem a troca de conhecimentos científicos, tendo em conta que propõem fortalecer os alicerces éticos, morais e patrióticos que devem guiar a actuação de cada polícia a nível do país.
No seu ponto de vista, a actuação dos efectivos da Polícia Nacional exige não apenas coragem, mas também um profundo compromisso com os valores de Estado e com os direitos humanos.
As jornadas são ainda um reconhecimento à exaltação, dedicação e sacrifício de homens e mulheres que representam a linha da frente entre a ordem e o caos. Um dos principais temas das jornadas é a educação contínua, onde os profissionais de diversas áreas da Polícia, como especialistas em criminologia, direito, sociologia, psicologia, tecnologia de informação e não só vão partilhar os seus conhecimentos.
“A abordagem multidisciplinar é fundamental para o desenvolvimento de estratégias integradas e eficazes na luta contra o crime. Além do progresso técnico e táctico necessário para actuação policial é essencial que, à margem das jornadas, se preste atenção na for- mação ética e moral do efectivo da PNA”, frisou.
Acrescentou de seguida que “a integridade deve ser a pedra angular de todas as acções e isenções no interior das forças policiais”. Rui Gomes afirmou que, tendo em conta que a sociedade apela pela transparência e responsabilidade, a PNA deve ser exemplo de rectidão e justiça.
PN almeja atingir o mais alto padrão moral e disciplinar
Durante as jornadas, serão discutidas questões éticas complexas, de modo a garantir que os efectivos da PN ajam sempre em conformidade com os mais altos padrões morais e disciplinares, considerando que o comportamento dos polícias deve ser repreensível, para tal, é necessário, inicialmente, ter uma base sólida em termos de ética.
Serão promovidas acções educativas sobre a ética policial, direi- tos humanos e responsabilidades civis, de modo a garantir que cada policial entenda a importância da sua conduta no fortalecimento da confiança pública e no cumprimento da lei de maneira justa e equitativa.
“A ética é o coração do serviço policial, tendo em conta que sem ela qualquer esforço de segurança pública se torna vazio. À margem do evento, os profissionais vão ainda gerir a inteligência emocional, capacidade de gerir emoções próprias como de outrem, para garantir um ambiente de trabalho harmonioso”, disse Rui Gomes.
Disse ainda que o conceito de liderança vai merecer uma abordagem exaustiva, os veteranos também terão os seus espaços para partilhar as suas experiências e lições apreendidas ao longo das suas carreiras.
O patriotismo será outro tema de destaque, tal como a saúde mental e o bem-estar dos efectivos, relação entre a polícia e a comunidade, iniciativas que promovem a participação activa da comunidade, importância do uso das tecnologias no trabalho policial, entre outras inovações tecnológicas.
As jornadas estão abertas aos efectivos da polícia nacional no activo, reformados, doentes hospitalares, domiciliares, convalescentes, efectivos privados de liberdade e público em geral.