É de domínio público que por imperativos estatutários que Angola assumirá em 2025 a presidência rotativa da União Africana por um período de dois anos, presidir o maior órgão multilateral do continente, exige responsabilidade, compromisso e resiliência face aos desafios económicos, sociais e políticos que o continente enfrenta.
É visível nesta altura a pouca contribuição das academias, centros de estudos, opinion makers e até mesmo órgãos ministeriais a debaterem sobre agenda angolana e os desafios na assunção da presidência da União Africana em 2025.
E as perguntas que se faz em determinados círculos é, o que se pode esperar da presidência de angolana? Quais são os desafios e oportunidades? Entendemos que assumir a presidência de uma organização internacional pode proporcionar algumas vantagens para Angola, mas isto dependerá como este papel será desempenhado.
Neste sentido, o primeiro desafio de Angola, passa pela concepção de uma Agenda Estratégica 25/26 para presidência da União Africana, é desta agenda que estarão definidos os objectivos estratégicos da acção político-diplomática de Angola.
Entre os vários objectivos, fortalecer a integração económica, promover a paz, segurança e fomentar o desenvolvimento sustentável do continente africano deve constituir prioridade com acções concretas tais como: organizar cúpulas de líderes africanos para discutir estratégias de promoção do comércio intra-africano, sensibilizar e capacitar pequenas e médias empresas, realizar fóruns para atrair investidores estrangeiros, criar e reforçar os comités de mediação e resolução de conflitos, realizar fóruns sobre a melhoria dos mecanismos de segurança e capacidade de resposta rápida da UA e desenvolver programas de uso racional do capital financeiro.
De acordo com os seus interesses, assumir a presidência da UA, pode ser uma oportunidade de Angola poder aumentar a sua visibilidade e influência internacional, fortalecer as suas relações económicas, ter acesso a recursos financeiros e assistência técnica, promover o turismo, estabilidade e confiança que necessita para atração de Investimento Direto Estrangeiro.
Por: TIAGO KISSUA ARMANDO