Anteriormente, esse domínio era gerido pelas empresas do sector, com suporte internacional. Para efectivação desse processo, o ministro das Telecomunicações, Tecnologia de informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, procedeu hoje ao lançamento oficial do sistema que dá soberania e dinamização da internet em Angola.
Na ocasião, o governante apontou o alinhamento de Angola às melhores práticas internacionais de utilização e gestão da internet como um dos principais benefícios transformadores do domínio ao.
Com isso, adiantou, actualmente, o domínio passa a ser configurada e disponibilizada no espaço cibernético, com a monitorização e gestão dos endereços registados, homologação prévia das entidades e a inibição do registo de domínios protegidos.
O ministro recordou que, a 26 de Junho deste ano, concluiu-se a implementação efectiva de um “Core System”, alojado e gerido em Angola. O Core System, explicou, é uma tecnologia de última geração usada em vários países, colocando os domínios ao nível dos principais do mundo, com vista a ter uma gestão mais eficiente e segura.
Referiu também que o Core System CCTLD de Angola veio trazer condições técnicas para o país ser aceite à candidatura e ao registo do domínio ao, uma acção que doravante será feita de forma mais segura e capaz de atender mais clientes, permitindo um adequado suporte a revendedores de menor porte, como pequenas agências e empreendedores.
“Passaremos a gerir todas as actividades com o protocolo EPP, convencionado internacional- mente para a interoperabilidade entre todos os domínios e seus agentes económicos espalhados pelo mundo”, sublinhou.
Por seu turno, o director-geral do INFOSI, André Pedro, considerou a gestão e soberania digital de Angola como acto do controlo absoluto dos domínios nacionais, tendo como a raiz o ao e outros subdomínios derivados do mesmo, como .ORG.ao, .Edu.ao,.Co.ao e .It.ao.
Destacou que qualquer domínio a nível do mundo com a terminação .ao deverá indicar para Angola, a exemplo do .com, que é usado a nível mundial. Apontou o .ao como pertença do Governo angolano, sendo que as concessões de domínio serão feitas por um período de um ou cinco anos renováveis.
Disse que, para o uso desse domínio, está disponibilizado o It.ao, com um custo de cinco mil kwanzas, para um período de um ano renováveis. Segundo o director, a legalização garante segurança no comércio electrónico, o que permitirá identificar os proprietários dos sites, com nome, número de telefone e endereço.
Adiantou que, do dia 26 de Junho até ao momento já receberam mais de um milhão de solicitações, o que será oficializado a partir de hoje. A operação e resoluções serão auxiliadas por inteligência artificial.