Lançado em meados de 2019, o Programa Integrado de Intervenção aos Munícipios (PIIM) previa inicialmente mais de 200 acções em vários domínios, sendo a educação e a saúde dois pilares que sempre estiveram em voga.
Na altura, esse projecto, de iniciativa presidencial, buscou receitas provenientes do Fundo Soberano, o que fez com que algumas pessoas mais cépticas contrariassem esse desiderato.
Desde cedo, se criou a ideia de que o dinheiro desta instituição serviria somente para as gerações vindouras, razão pela qual os cinco mil milhões de dólares iniciais eram vistos como praticamente intocáveis.
Cinco anos depois, hoje já se consegue, minimamente, ver os frutos que o PIIM vai dando a muitas localidades do país, com o aumento de salas de aulas, postos de saúde, quadras desportivas e outras infra-estruturas que servirão aos angolanos de Cabinda ao Cunene.
Ontem, por exemplo, o Executivo apresentou um balanço do que foi feito ao longo dos últimos cinco anos.
Os 2.568 projectos inscritos no PIIM já estão executados a 100 por cento, uma cifra considerável e que deve merecer aplausos, uma vez que estes projectos já vão servindo as próprias comunidades.
Ficou-se a saber ontem que comissão apreciou também os projectos que se encontram em execução física, entre 70 e 90 por cento, dos quais houve a indicação de 580 projectos que atingiram este nível.
Foram ainda analisados os projectos que estão em condições de legibilidade, avaliadas as condições precedentes para a sua aprovação e início de obra, bem como o impacto do PIIM, sobretudo no domínio da saúde, educação e vias de comunicação ou infra-estruturas.
Avançou que no sector da saúde foram concluídos 163 projectos em várias unidades sanitárias, dos quais foram concebidos 30 centros de saúde, proporcionando mais de duas mil camas no sector.
Já na área da educação, foram concluídos 370 projectos que permitiram a criação de 2.878 salas de aulas e 103.608 vagas para os estudantes nos diversos níveis de ensino.
Segundo o secretário de Estado da Comunicação Social, ocorre neste momento a transferência de projectos de âmbito central para as províncias, sendo que alguns de maior complexidade, como os da saúde e da energia e água têm sido ponderados, por merecerem um acompanhamento de maior especificidade para a sua concretização.