Angola assume, desde sexta-feira, a lide- rança do Conselho de Paz e Segurança (CPS) da União Africana (UA), em Adis Abeba, capital da Etiópia, por um período de 30 dias.
De acordo com um comunicado enviado pela Embaixada de Angola na Etiópia, para assinalar o facto, o país realizou uma sessão de “brainstorming” sobre a Cimeira do Futuro, a decorrer no mês de Setembro, com o apoio das Nações Unidas, e uma recepção na residência oficial da Missão Diplomática angolana na Etiópia.
Na abertura do primeiro evento, que constituiu também a 220.ª Reunião do CPS, o embaixador e representante permanente de Angola na UA, Miguel Bembe, avançou que a Cimeira será uma plataforma importante onde as vozes e as aspirações comuns de África devem ser apresentadas, perspectivando, igualmente, soluções inovadoras para os desafios complexos que o continente tem de vencer.
O diplomata angolano lembrou que a proposta de realização da Cimeira do Futuro teve origem no relatório “A Nossa Agenda Comum”, um pedido dos Estados- membros sobre a melhor forma de enfrentar os desafios globais actuais e futuros.
Miguel Bembe destacou as principais características e objectivos do fórum, designadamente a agenda sobre inovação e sustentabilidade, a plataforma de diálogo e de acção colectiva, a promoção da inclusão, os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o seu impacto a longo prazo.
A Cimeira do Futuro assume- se como uma oportunidade para os Estados-membros reflectirem sobre os desafios enfrentados pelo continente nas áreas de paz, segurança, desenvolvimento sustentável e direitos humanos, tidas como pilares da ONU.
Conselho de Paz e Segurança Conforme a nota de imprensa, saído na reunião do Conselho, o Pacto do Futuro deve assegurar os esforços das organizações regionais na promoção da paz, segurança e estabilidade e observar a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, assim como o fim da fome no mundo.
O documento expressa a urgente necessidade de reforma do Conselho de Segurança da ONU, de acordo com a Posição Comum Africana consagrada no Consenso de Ezulwini, para garantir a inclusão e igualdade de todos os seus membros.