A primeira obra (O Homem que acordou sozinho na Terra) tratase de um romance, com aproximadamente 160 páginas, que narra a história de um homem que, misteriosamente, acorda na cama de um hospital, num planeta em que se encontra completamente sozinho e é desafiado a descodificar sinais ou enigmas que o possam ajudar a recordar quem ele é e como foi ali parar, uma vez que é o único ser humano “abandonado” numa imensidade de espaço planetário.
“Esse homem, que nem uma réstia de lembranças guarda em sua memória, levanta-se, impulsionado pela adrenalina do medo e tenta perseguir a estrada do horizonte sombrio a fim de resolver o enigma que lhe caiu de sorte.
Durante a jornada, um manuscrito abandonado revela uma possível pista: uma data e um lugar, porém, essa mensagem abre espaço para milhões de possibilidades aterradoras”, disse o autor ao OPAÍS, citando a sinopse da obra. Lucas Cassule afirmou que a obra foi inspirada na situação de confinamento e distanciamento social que a sociedade vivia na época em que a pandemia da Covid-19 registava números estrondosos de vítimas mortais, um pouco por todo o mundo.
O autor referiu que a fase de isolamento “era como se cada um estivesse a viver no seu próprio mundo, isolado de tudo e de todos, mas, ao mesmo tempo, todos a lutarem pela sua própria sobrevivência sem poder estabelecer contacto físico uns com os outros”.
“Se repararmos, na pandemia, quase que todos nós estávamos sozinhos na terra, ou seja, estávamos num isolamento em que não sabíamos, por exemplo, o que é que se estava a passar com o nosso vizinho de porta a porta.
Todos nos tornamos desconhecidos e ao mesmo tempo seres isolados do resto do mundo”, explicou o autor. Sublinhou que, com o livro, tenciona advertir a sociedade sobre a importância de se valorizar as pessoas, o companheirismo, acrescentando que o homem sem o apoio de outro ser igual não vive, nem sobrevive na terra, independentemente dos seus bens, status ou condição financeira.
Livro para o público infantil
Já a segunda, “Adriana: a borboleta de vidro”, é um livro de contos infantis, com ilustrações que narra a história de uma borboleta super colorida, proveniente da América do Sul e se perde numa região africana. Estranha, vulnerável e sem nenhum conhecido, a borboleta alegre gosta de voar e brincar ao longo do mar.
Num dia qualquer, é arrastada pelas correntezas do vento violento que a transportam para um local desconhecido, muito distante de casa. A borboleta, conta o autor, dáse logo conta de que está distante de casa e então vai arranjar maneiras de se adaptar, se socializar, para garantir a sua sobrevivência longe da sua terra natal.
O livro, com cerca de 30 páginas, é repleta de ilustrações em desenhos animados para facilitar a compreensão do seu público leitor. Nesta obra, o autor procura, através das situações vivenciadas pela borboleta, abordar questões que têm a ver com a preservação do socialismo, ou seja, a valorização do homem enquanto ser sociável, destinado a viver com os outros e de se adaptar a qualquer meio que a vida lhe vai impor. “Neste livro, eu procuro falar sobre aprender a viver e a conviver na diferença.
É uma chamada de atenção para as pessoas aprenderem a respeitar as diferenças e saberem se adaptar ao contexto social que lhes rodeia”, ressaltou. Ambas as obras serão publicadas sob chancelaria da Editora É Sobre Nós, da qual Lucas Cassule é o CEO (Chief Executive Officer ou diretor-executivo, português) e co-fundador.
Os dois livros serão a sexta e sétima obras de autoria de Lucas Cassule, que se apresenta como um jovem amante de livros e da busca incansável pelo conhecimento por meio de leituras e pesquisas.