Na reunião, ocorrida a 21 de Junho, o Bureau Político do MPLA deliberou a convocação de um congresso extraordinário do partido, além da discussão sobre a reorganização territorial da província de Luanda.
E em comunicado, emitido na última quarta-feira, o MPLA destacou que, conforme a tradição dos partidos democráticos, a realização de um congresso é uma decisão interna, tomada pelos próprios militantes.
Nesse sentido, o congresso extraordinário, cujo processo de convocação começará em breve, terá como objectivo promover uma reflexão profunda sobre os 50 anos de independência do país, as conquistas e desafios enfrentados, bem como convidar a sociedade angolana a participar da construção do futuro da nação.
O Grupo Parlamentar dos “camaradas” expressou, assim, surpresa diante das críticas da UNITA, classificando-as como especulações infundadas e uma tentativa de se imiscuir nos assuntos internos do MPLA.
O partido ressaltou que a reflexão proposta no congresso é legítima e faz parte do processo democrático, ao contrário das acusações da UNITA. Sobre a reorganização político-administrativa de Luanda, o MPLA sublinhou a importância dessa discussão, dado o crescimento populacional da província e as demandas por serviços de qualidade.
O partido, liderado por João Lourenço, pretende apresentar as suas propostas à Assembleia Nacional e espera a contribuição de todos os deputados, mantendo um espírito democrático e pluralista.
O Grupo Parlamentar do MPLA esclareceu ainda que a reorganização administrativa não interfere no processo de institucionalização das autarquias, reafirmando o seu compromisso com a conclusão do pacote legislativo autárquico em curso na casa das leis.
Apesar das críticas da UNITA, que foram vistas como tentativas de fomentar a instabilidade, o MPLA reafirmou seu compromisso de promover debates abertos e democráticos, buscando sempre a melhoria da vida dos angolanos, de Cabinda ao Cunene.
O Grupo Parlamentar do MPLA apelou, também, aos cidadãos para manterem a confiança nas instituições democráticas e adoptarem uma postura cívica e participativa na construção de uma Angola próspera para todos.